A
CANONICIDADE DO TEXTO RECEBIDO ESTABELECIDO
DAS
CONFISSÕES BATISTAS DA REFORMA E PÓS-REFORMA
Thomas
D. Ross
I. INTRODUÇÃO E PRESSUPOSIÇÕES
A Bíblia ensina a preservação verbal e plenária dos
autógrafos inspirados (Salmos 12:6-7). Ademais, ela afirma a disponibilidade
perpétua das palavras preservadas de Deus para todas as gerações de crentes
(Isaías 59:21). Israel era o guardião das Escrituras na dispensação Mosaica
(Atos 7:38, Romanos 3:2), enquanto que a Igreja tem esta responsabilidade no
Novo Testamento (Mateus 28:18-20). A Igreja, como a depositária das Palavras de
Deus (I Timóteo 3:15), guiada pelo Espírito Santo (João 16:13), reconheceu e
recebeu (João 17:8) as palavras de Deus como elas foram dadas por Cristo seu
Salvador.
Crentes podem ter a confiança de que as palavras da
Escritura, e, como uma necessária consequência, os livros da Escritura, e esses
somente, constituem o depósito da infalível revelação que forma sua plena autoridade
para a fé e a prática (2 Timóteo 3:15-17) e sobre a qual eles serão julgados
(João 12:48), porque o Espírito guia a Igreja a aceitar essas palavras, e não
outras, como a Palavra de Deus 1.
A Igreja de Cristo é uma assembleia autônoma de crentes
batizados, organizados para executar a obra do Senhor 2. A única
“igreja” universal na Bíblia é a meretriz da Babilônia, o sistema religioso que
irá dominar o mundo no período da Tribulação (Apocalipse 17) – ainda que todos
os crentes constituam a família universal de Deus (Gálatas 3:26), a Igreja de
Cristo é local e visível, e a entrada nela é através do batismo (I Coríntios
12:13). Igrejas não são subordinadas a qualquer hierarquia, e os únicos
oficiais são de forma congregacional eleitos pastores e diáconos 3.
Consequentemente, todas as organizações religiosas que empregam modelos
episcopais ou presbiterianos não são igrejas de Cristo. Aquelas que ensinam
regeneração batismal, como o catolicismo e a maioria das denominações protestantes
4, também são anátemas (Gálatas 1:8-9), e não podem constituir a
Igreja.
Como apenas crentes (Atos 2:38, 8:36-38, Marcos 16:16) são
imergidos (Romanos 6:3-5, Colossenses 2:12) no batismo do Novo Testamento (NT),
sociedades que praticam o “batismo” infantil não são congregações do Senhor.
Além disso, desde que o Filho de Deus prometeu à Sua igreja sucessão ininterrupta
desde a sua fundação (João 1:35 ss.) até o fim dos tempos (Mateus 16:18), e
somente a igreja tem autoridade para batizar (Mateus 28:19) 5, assembleias religiosas sem nenhuma afiliação
histórica com a linha das igrejas de Cristo não são o corpo de Cristo. Essas
estipulações eclesiásticas bíblicas requerem a conclusão de que somente entre
as igrejas agora denominadas “batistas” é encontrada a congregação do Senhor 6,
pois somente elas ensinam Sua doutrina e possuem uma sucessão desde a igreja de
Jerusalém fundada pelo Salvador até o presente.
Como as igrejas batistas são as igrejas de Cristo, um
exame do tipo de texto que elas historicamente tem aprovado resolverão, para
aqueles que aceitam os pressupostos divinamente bibliológicos e eclesiológicos decretados,
a atual controvérsia sobre a correta linguagem dos textos originais das
Escrituras e suas respectivas traduções [para o inglês]. Como o Espírito Santo
levou as igrejas de Cristo e os crentes a aceitar as genuínas palavras de Deus
e rejeitar corrupções (João 17: 8, Apocalipse 22:18-19), a aceitação batista do
Textus Receptus (TR) 7, o
tipo de texto Hodges-Farstad (comumente denominado “Texto Majoritário” (MT),
uma convenção que será seguida aqui, embora não seja estritamente precisa) 8,
ou o tipo de texto crítico moderno (TC) 9, juntamente com traduções
baseadas nessas fontes das línguas originais, dirão ao crente onde ele pode
encontrar a Bíblia perfeita que Deus lhe prometeu.
Embora um exame de grupos batistas pré-reforma como os valdenses
também seja pertinente a este estudo 10 um foco mais restrito na
reforma e pós-reforma dos batistas serão mantidos aqui. Se os batistas
universalmente 11 usaram um dos três tipos de texto mencionados
acima desde o início da era protestante e por séculos subsequentes, esse texto
deve constituir a Palavra de Deus preservada. O Senhor prometeu para a Sua
igreja a disponibilidade perpétua dos oráculos inspirados e o Espírito Santo
tendo garantido sua aceitação perpétua pelos santos, a igreja não pode ter
negligenciado o verdadeiro texto da Bíblia por centenas de anos.
Traduzido por Edimilson de Deus Teixeira
Traduzido por Edimilson de Deus Teixeira
____________________
1. Como este trabalho
é um estudo histórico, a demonstração dos postulados mencionados neste
parágrafo não será aprofundada. Ver Thou
Shalt Keep Them, ed. Kent Brandenburg (El Sobrante, Califórnia: Pilar e
Ground Publishing, 2003) para uma justificativa para o livro.
2. Para uma exposição
detalhada da eclesiologia desenvolvida neste parágrafo, consulte Landmarks of Baptist Doctrine, vol. 4,
Robert J. Sargent, Oak Harbor, WA: Bible Baptist Church Publications, 1990, pgs.
481-596. Essa posição doutrinária é tradicionalmente conhecida por Landmarkismo.
3. Cada igreja tem
poder supremo sobre seus membros e outras decisões (Mateus 18: 15-18, 1
Coríntios 5). Apenas dois oficiais da igreja aparecem nas Escrituras
(Filipenses 1:1,1 Timóteo 3). “Pastor” (poimen),
“ancião” (presbuteros) e “bispo” ou
“superintendente” (episcopos) se
referem ao mesmo ofício; em 1 Pedro 5:1-2, os anciãos (presbuteros) devem “alimentar” (poimanate)
o rebanho (poimnion), tendo a “supervisão”
(episkopountes). Em Atos 20:17,28,
Paulo discursa aos “presbíteros” da igreja em Éfeso e exorta-os a prestar
atenção ao "rebanho" (poimnio)
sobre o qual o Espírito Santo os fez “superintendentes” (episkopous). Em Tito 1:5-7, cada um dos “presbíteros” é um “bispo”
(episkopon).
4. O catolicismo
afirma que “Pelo batismo todos os
pecados são perdoados: o pecado original e todos os pecados pessoais,
bem como todas as penas devidas ao pecado” (seção 1263, pág. 321, Catechism of the Catholic Church,
Paulist Press: Mahwah, NJ: 1994. Ênfase no original.) E que “O próprio Senhor
afirma que o batismo é necessário para a salvação” (seção 1257, pág. 320, Catholic Catechism). Martinho Lutero
chamou o batismo de “um novo nascimento pelo qual somos. . . libertos do
pecado, da morte e do inferno, e se tornam filhos da vida, herdeiros de todos
os dons de Deus, filhos de Deus e irmãos de Cristo” (Luther, Works, 53:103).
Martinho Lutero compôs o Catecismo Menor
Luterano, que afirma que o batismo “opera a remissão dos pecados, livra da
morte e do diabo e dá a salvação eterna a todos quantos creem, conforme dizem as
palavras e promessas de Deus”. (IV) A confissão de fé anglicana e episcopal, os
39 Articles of Religion, declara no
artigo 27 que “o batismo não só é sinal de
profissão e marca de diferença com que se distinguem os cristãos dos que o não
são, mas é também sinal de regeneração, ou novo nascimento, em que este sinal,
como por instrumento, os que recebem devidamente o batismo são enxertados na
Igreja; as promessas da remissão de pecados e da nossa adoção de filhos de Deus
pelo Espírito Santo, são visivelmente anunciadas”. Se o batismo é um “selo”
do perdão dos pecados, é assim que os pecados são perdoados. Posto que “batizados
e nascidos de novo” (artigo 15). Além disso, o Livro Anglicano de Oração Comum
(Nova York, NY: Church Pension Fund, 1945, págs. 270, 280) ordena ao sacerdote
que ore, imediatamente antes do batismo, “Dê teu Espírito Santo a esta criança,
para que ela nasça de novo e se torne herdeira da salvação eterna”, e depois de
administrar a água, agradecer a Deus que se agradou “em regenerar esta criança
com o teu Espírito Santo, para recebê-la como teu próprio filho e incorporá-lo
na tua santa Igreja”. João Wesley, o fundador do Metodismo, era um sacerdote
anglicano e os 39 artigos anglicanos
que ensinavam salvação pelo batismo, foram endossados por ele e sua
denominação. Comentando João 3:5, Wesley afirmou: “A menos que se um homem
nascer da água e do Espírito, a menos que ele experimente essa grande mudança
interior pelo Espírito, e seja batizado (onde quer que o batismo possa ser
realizado) como o sinal externo e meios dele [ele não pode entrar no reino de
Deus]”. Ele declara aqui que o batismo é o meio para o novo nascimento. Ele
também declarou: “É certo que nossa Igreja presume que todos os que são
batizados na infância são ao mesmo tempo nascidos de novo; e é permitido que
todo o ofício para o batismo de crianças prossiga com essa pressuposição” (pág.
128, The Theology of John Wesley,
William R. Cannon, Nova York, NY: Abingdon- Cokesbury Press, 1946). Seu irmão,
o escritor metodista de hinos Charles Wesley, escreveu contra os Batistas,
“Partidários de uma seita tacanha / Confessam sua crueldade / Em rejeitar
desumanamente / A quem Jesus abraçaria / Ao impedir seus pequeninos / Mas
deixem que venham para o derramar da água batismal / Que
venham a Cristo para serem salvos / E
juntar-se à Igreja de Deus” (Charles
Wesley's Journal, 18 de outubro de 1756, 2: 128). João Calvino, essencialmente
o fundador das igrejas presbiterianas e reformadas, diz que “Deus, nos
regenerando no batismo, nos introduz na comunhão de sua Igreja e nos torna seus
por adoção” (Institutes, 4:17:1), e A Segunda Confissão Helvética Reformada
declara que “ser batizado em nome de Cristo é estar inscrito, incorporado e
recebido na aliança e na família, e assim na herança dos filhos de Deus. . .
ser purificado também da imundície dos pecados. . . Deus . . . nos adota para
sermos filhos dele, e por uma aliança santa se une a nós para si mesmo. . .
todas essas coisas são asseguradas pelo batismo. . . . Condenamos os
anabatistas, que negam que os recém-nascidos dos fiéis sejam batizados” (artigo
20).
5. Deus deu a João o
Batista autoridade celestial direta para imergir (Mateus 21: 23-27). João
batizou aqueles que receberam o evangelho sob seu ministério, incluindo os
apóstolos e outros crentes dos quais Cristo organizou Sua igreja. Em Mateus
28:17-20, o Senhor Jesus deu a Grande Comissão, incluindo a autoridade para
batizar até o fim dos tempos, à igreja. Ele nunca deu esse comando a nenhum
outro indivíduo ou instituição; portanto, ninguém pode administrar o batismo
genuíno, além da autoridade de uma congregação já constituída.
6. Certamente, isso
não representa uma sucessão do nome “Batista”, apenas das assembleias assim
denominadas hoje - elas receberam nomes diferentes historicamente, de “Cristãos”
no primeiro século a “Anabatistas”, “Cátaros” e “Valdenses” e outros. Isso
também não significa que toda assembleia que assume o rótulo de “Batista” é uma
igreja verdadeira (2 Coríntios 11:14).
7. A referência ao
tipo de texto conhecido hoje como Textus
Receptus ou Texto Recebido é aqui utilizada. O fato, muitas vezes
mencionado pelos opositores do TR, de
que a frase não existia até o século XVII é irrelevante. Poder-se-ia afirmar
também que não havia seres humanos na Inglaterra até os últimos séculos porque,
até o estágio necessário de desenvolvimento da língua inglesa, o homo sapiens era chamado de outra coisa.
8.
A frase “Texto Majoritário” é imprecisa, porque nunca foi feita nenhuma compilação
real de todos os manuscritos gregos (MSS). Embora existam mais de 5.000 MSS do
Novo Testamento, o texto de Hodges-Farstad e o texto de Robinson-Pierpont são
baseados no aparato de von Soden, que foi um agrupamento de apenas algumas
centenas de MSS. Além disso, o agrupamento de von Soden é de precisão muito
questionável. Como afirma Wilbur Pickering, em defesa do “Texto Majoritário”, “uma
vez fui levado a acreditar que o trabalho de von Soden era minimamente
confiável. Isso foi importante porque seu trabalho é subjacente às edições
Hodges-Farstad e Robinson-Pierpont do Texto Majoritário. No entanto, os
agrupamentos Text und Textwert
demonstram objetivamente que, com pouca frequência, Soden está seriamente incorreto.
As compilações de Maurice Robinson sobre o Pericope
Adulterae demonstram objetivamente que Soden está seriamente errado lá. Com
referência ao tratamento de Soden do códice 223. . . Um erro de 27% é demais e
o que é verdade no MS 223 também pode ser verdade em outros MSS. . . . Por mim
mesmo, devo reconsiderar as evidências de todo o Novo Testamento” (Hebraious: Introduction to the book of
Hebrews in a new collation, Wilbur Pickering). Mais tarde, na introdução de seu
novo agrupamento, Pickering também declara: “Se um agrupamento completo estiver
disponível. . . [Eu estimo a seguinte] margem de erro. . . no meu [novo]
aparato”. O Texto Majoritário real não existe, e as diferentes edições
impressas que seguem o título discordam entre si. Além disso, há lugares em que
o “Texto Majoritário” impresso segue uma minoria do MSS grego. Pickering, em
suas traduções em http://walkinhiscommandments.com, documenta que em 2 Timóteo
3:7, o Textus Receptus, o
Hodges-Farstad, o Robinson-Pierpont e os textos críticos modernos, todos leem Mwusei com 30% dos MSS
gregos, enquanto Mwush tem 60% dos MSS gregos (e Mwsei tem 10%). Aqui, uma
variante majoritária não é encontrada em nenhum texto impresso. Pickering
também documenta que em Efésios 5:21 o Textus
Receptus segue cerca de 70% dos MSS com a leitura en fobw qeou enquanto o TC/UBS e
as duas edições do texto impresso “Majoritário”, Hodges/Farstad e Robinson/Pierpont,
contêm en fobw Cristou,
que possui cerca de 30% de suporte (enquanto duas outras leituras têm suporte
muito limitado ao MSS). Pickering também comenta o livro de Apocalipse: “Muito
cedo (provavelmente no século II), três principais linhas independentes de
transmissão se desenvolveram e, então, uma variedade de alterações nesses
fluxos. Portanto, existem cerca de 150 conjuntos de variantes em que nenhuma
leitura recebe até 50% de atestado e outros 250 conjuntos em que o atestado
numérico mais forte fica abaixo de 60%. Nesses 400 lugares para falar de um
texto de 'maioria' não é convincente [.]” Pickering estabelece seus próprios
critérios preferenciais e depois conclui que ele “não está ciente de uma única
tradução baseada em [o que Pickering acha que é o melhor/mais próximo do texto
“Maioria/Original” do Apocalipse]”. O Textus
Receptus tende a seguir a maior dessas três divisões em Apocalipse, mas
esse agrupamento nem sempre representa a maioria real dos MSS. Hoskier
declarou, a respeito do texto do TR de
Apocalipse: “Posso afirmar que, se Erasmus tivesse se esforçado para encontrar
um texto sobre o maior número de MSS [manuscritos] existentes no mundo de um
tipo, ele não poderia ter tido mais sucesso” (citado em pág. 16, J.A Moorman, When the KJV Departs from the “Majority”
Text, 2ª edição, Collingswoord, NJ: Bible For Today, 1988). Moorman
conclui: “Aqui está um exemplo poderoso da providência orientadora de Deus na
preservação do texto de Apocalipse” (ibid, pág. 26). No entanto, em Apocalipse,
o Textus Receptus está em uma
variedade de lugares, seguindo o que é menos de 50% do MSS grego. Assim, quem
segue um “Texto Majoritário” impresso em vez do Textus Receptus está seguindo um texto que não representa a maioria
real dos MSS gregos, que ainda não foram catalogados, e que não foi traduzido
para os idiomas do mundo. O “Texto Majoritário”, em cerca de 1% dos lugares
onde difere do Textus Receptus, não
se encaixa no modelo das Escrituras para a preservação do texto. (cf. também o artigo “Errors in the King James Version? A Response to
William W. Combs, de Detroit Baptist Seminary”, Jeffrey Khoo. The Burning Bush (15:2, julho de 2009) 101-127 para um exame
dos “melhores” exemplos de lugares onde o TR
ou a KJV contém alegados erros de texto ou tradução).
9.
É digno de nota que o texto crítico às vezes segue leituras que não são
encontradas em nenhum MS grego conhecido na face da terra, de modo que não
apenas rejeita o pressuposto bíblico da disponibilidade das Escrituras (Mateus
4:4; Isaías 59:21 ; Apocalipse 22:18-19), mas mesmo o fato fundamental da
própria preservação verbal e plenária (Salmo 12: 6-7; Mateus 24:35). Em Lucas
3:33, o Textus Receptus, com 99% + de
evidências de MS, lê-se tou Aram. Se alguém rejeitar mais de 99% da evidência
dos MSS, existem MSS únicos que fornecem 6 leituras alternativas. O TC reúne a
primeira parte da leitura de Aleph e a primeira parte da leitura de B para
criar algo em nenhum MSS grego em nenhum lugar, tou Admin tou Arni. Então, rejeita a
leitura de 99% + como corrompida. Também cria uma nova pessoa (quem no mundo é
"Arni"?). Assim, a posição do TC nem é consistente com a visão
biblicamente insuficiente de que todas as palavras de Deus são preservadas em
algum lugar em pelo menos um manuscrito grego.
10.
Os batistas pré-reforma usavam o Textus
Receptus. Ver Rome and the
Bible: Tracing the History of the Roman Catholic Church and its
Persecution of the bible and of Bible
Believers, David Cloud, Oak Harbor, WA: Way of Life Literature, 1997, 2ª
ed., Págs. 29-30, Crownded With Glory and
Honor, Thomas Holland, capítulo 3, “Testimony Through Time”; Our Authorized Bible Vindicated,
Benjamin Wilkinson, capítulo 2, “The Bible Adopted by Constantine and the Pure Bible of the Waldenses”, Answers to Objections to our Authorized Bible
Vindicated, Benjamin Wilkinson, capítulo 3, “The Itala and the Bible of the
Waldenses”, Robert L. Webb, The Waldenses and the Bible, Carthage, IL:
Primitive Baptist Library, n.d. (disponível em
http://members.aol.com/dwibclc/waldbib.htm). Os valdenses, por exemplo, acreditavam
que “João, 1a Epístola 5:7, [escreveu]: ...três
são os que testificam no céu: o Pai, a Palavra, e o Espírito Santo; e estes
três são um” (“Exposition on the Creed, Confirming the Articles Thereof by
Express Passages of the Scripture”, History
of the Old Albigenses Anterior to the Reformation, Jean Paul Perrin, livro
3, capítulo 3, pág. 331. elec. acc. In the série
AGES Christian Library Series, Vol. 20, Biblical
and Church History Collection. Rio, WI: 2006). O documento Pauliciano The Key of Truth cita Atos 8:37 (p. 77,
Fred C. Conybeare, ed. and trans., The
Key of Truth (Oxford: At the Clarendon Press, 1898), citado na pág. 77, I Will Build My Church: The Doctrine and
History of Baptists, Thomas M. Strouse, 3.ª ed. Newington, CT:
Emmanuel Baptist Theological Press, 2001). Os valdenses empregaram o Textus Receptus, como evidenciado pelo Codex Teplensis (págs. 78-79, I Will Build My Church, Thomas Strouse).
Os Albigenses usaram o tipo de texto em latim antigo europeu, que é uma
tradução ampla do TR (e não, tanto
quanto o latim antigo africano, parte da supostamente existente família “ocidental”),
em vez da Vulgata católica latina na Idade Média, como evidenciado pelo antigo códice
latino C do século XIII (cf. “Latin Version, the
Old”, T. Nicol, na International Standard
Bible Encyclopedia (gen. ed. James Orr. Orig. pub. Eerdmans, 1939; elec.
acc. Online Bible for Mac software,
Ken Hamel). Embora
a validação seja impossível no século XXI, é digno de nota que certos
anabatistas do século XVI afirmaram que possuíam os autógrafos de alguns livros
do Novo Testamento: “[Nós] temos informação, que até hoje existem irmãos e
cristãos em Tessalônica, que concordam com os [anabatistas] em todos os artigos
de religião, também no batismo, dois dos quais ainda estavam no tempo de nossos
pais, com os irmãos na Morávia, e depois também na Holanda, e tiveram comunhão
com os irmãos, que declararam expressamente que ainda preservavam em boas
condições, em Tessalônica, os originais das duas epístolas de Paulo aos
tessalonicenses. Da mesma forma, muitos de seus irmãos ainda estavam vivos,
espalhados aqui e ali na Etiópia, Grécia e outros países orientais, bem como
outros cristãos, que, como eles, foram preservados por Deus e permaneceram na
mesma doutrina e na verdadeira prática do batismo, constantemente desde o
início dos apóstolos até hoje. . . . Afirmaram ainda que a igreja de Deus em
Tessalônica permaneceu inalterada na fé desde o tempo dos apóstolos e que ainda
preservavam em boas condições as cartas que o apóstolo Paulo lhes escreveu com
suas próprias mãos” (pág. 366, The Bloody Theater or Martyr's Mirror. Thieleman J. Van Braght, trad. Joseph F. Sohm. 2º. Eng. ed. Scottdale, PA: Herald
Press, 1999).
11. O uso “universal” de um tipo de texto,
conforme empregado neste artigo, não significa que todo batista, desde o menor
bebê até o santo mais experiente, em todas as partes do globo, tenha exatamente
a mesma visão textual. Refere-se ao uso textual geral, abrangente ou
onipresente. O sentido da palavra é semelhante àquele em que se pode falar em
aceitação “universal” dos princípios da gravidade ou de uma terra redonda;
essas opiniões são geralmente aceitas pela humanidade, apesar da possibilidade
de que certos selvagens em ilhas remotas não os conheçam.
Nenhum comentário:
Postar um comentário