segunda-feira, 30 de setembro de 2019

"MAIS PERTO": A HISTÓRIA DO HINO DE SARAH FLOWER ADAMS

Boston Musical Herald
"...e eis uma escada posta na terra, cujo topo tocava nos céus; e eis que os anjos de Deus subiam e desciam por ela" (Gênesis 28:12)

Esta linguagem era a expressão do coração da senhora Sarah Flower Adams, que nasceu em Essex, Inglaterra, em fevereiro de 1805, e cuja história tem sido muito pouco conhecida do grande público, que têm estimado seus hinos como um dos mais sagrados tesouros por quase um século.
Seu pai era o editor de um jornal semanal em Cambridge. Sua mãe era uma mulher de dons e cultura excelentes, e ela era a sua filha mais nova.

Logo na infância ela foi notada pelo gosto que manifestou pela literatura, e na fase adulta pelo grande zelo e seriedade em sua vida religiosa. Ela contribuiu com prosa e verso para os periódicos diários, e as críticas a sua arte eram sempre positivas.

Casada ​ ​em uma idade adiantada, e de constituição frágil, ela ainda em meio a muitos sofrimentos por razões de saúde, manteve sua pena ocupada, seus pensamentos e escritos sempre tendendo para as coisas do alto. O tempo e o meio em que essas circunstâncias em que ela teve a inspiração para desenvolver esse maravilhoso hino que, desde então, tem ecoado volta após volta pelo mundo, não são conhecidos; mas foi provavelmente durante algum período de provação particular, quando seu espírito foi elevado através da tristeza quase acima do seu corpo terreno. Ela mal sonhava que seu hino, como os de Toplady, Charlotte Elliot e Ray Palmer, seria ouvido através dos tempos.

Ele foi publicado pela primeira vez em 1841, em um volume de hinos sacros, emitido pelo senhor Fox, da Inglaterra, apenas oito anos antes da morte dessa talentosa escritora, que viveu somente até a idade de 44 anos e, assim, nunca soube da fama que vinculou seu hino ao seu nome.


O hino logo começou a aparecer em várias coleções, e em toda a parte era recebido com deleite. Foi dada a melodia, "Bethany" (Betânia), que se tornou muito popular neste país. Todo aquele que cresceu em um país cristão o conhece de cor, e em muitos países que não tem a bandeira de Cristo, é muito familiar também.

"No ano passado," diz o doutor Cuyler, em sua "Heart Life", os professores Smith, Hitchcock, e Park, estavam descansando de uma caminhada no sopé do Monte Líbano, quando apareceu um grupo de cinquenta alunos da Síria, em pé e em linha, cantando em coro. Eles foram os alunos do novo Colégio de Beirute, em Abieh, e eles estavam cantando em árabe a melodia de "Bethany". Enquanto a procissão se aproximava eles pegaram as sublimes palavras:
Mais perto quero estar meu Deus de Ti,
Inda que seja a dor que me una a Ti!
Sempre hei de suplicar:
Mais perto quero estar,
Mais perto quero estar, meu Deus de Ti!

"Eu não sou muito dado ao sentimentalismo’, disse o professor Hitchcock, ao descrever a emocionante cena, mas quando passava pelas fileiras daqueles jovens sírios, confesso que meus olhos estavam um pouco úmidos".

"Se fosse permitido ao povo de Deus que se encontra no céu", continua Dr. Cuyler, "testemunhar o que acontece na terra, poderíamos imaginar com que entusiasmo o espírito glorificado de Sarah Flower Adams ouviria a canção de seu coração, assim, cantada na terra da sagrada história de nosso Salvador".  

Sarah Fuller Flower Adams
Nasceu em 22 de fevereiro de 1805, em Harlow, Essex, Inglaterra
Faleceu em 1848, em St. Martin-in-the-Fields, Middlesex, Inglaterra

Lowell Mason
Nasceu em 8 de janeiro de 1792, em Medfield, Massachusetts
Faleceu em 11 de agosto de 1872, em Orange, Nova Jersey
"Uma noite, algum tempo depois de me deitar, ficando acordado no escuro, com os olhos bem abertos, por meio da quietude da casa, a melodia veio a mim, então, ao amanhecer, escrevi as notas da canção".


MAIS PERTO
Letra: Sarah Flower Adams
Música: Lowell Mason

Mais perto quero estar meu Deus de Ti,
Inda que seja a dor que me una a Ti!
Sempre hei de suplicar:
Mais perto quero estar,
Mais perto quero estar, meu Deus de Ti!

Andando triste aqui, na solidão,
Paz e descanso a mim teus braços dão.
Sempre hei de suplicar:
Mais perto quero estar,
Mais perto quero estar, meu Deus de Ti!

Minha alma cantará a Ti Senhor,
Cheia de gratidão por teu amor.
Sempre hei de suplicar:
Mais perto quero estar,
Mais perto quero estar, meu Deus de Ti!

E quando a morte, enfim, me vier chamar,
Com serafins nos céus irei morar.
Então me alegrarei
Perto de Ti, meu Rei,
Perto de Ti, meu Rei,
Meu Deus, de Ti!

Traduzido por Edimilson de Deus Teixeira
Fonte:  The Baptist Pillar
ACHEI A FONTE CARMESIM
"Naquele dia haverá uma fonte aberta para a casa de Davi, e para os habitantes de Jerusalém, para purificação do pecado e da imundícia". Zacarias 13:1

Letra: William Cowper (Col­lect­ion of Psalms and Hymns, 1772).
Música: Cleans­ing Fount­ain, melodia americana do século 19.


Este é um dos primeiros hinos que Cowper escreveu depois de seu primeiro ataque de insanidade temporária. Havia sido prometido a ele um cargo no setor de protocolo no parlamento, mas qual não foi sua angústia ao saber que teria que passar por um exame público diante de toda aquela casa antes de poder ser investido na referida função. O seguinte artigo do North Amer­i­can Re­view de janeiro de 1834, descreve seu dilema e como Deus evitou que ele destruísse a si próprio:
Com a proximidade do tempo de enfrentar o exame sua agonia tornou-se mais e mais intensa; ele esperava e acreditava que seus ataques de loucura iriam diminuir; ele pensou também em suicídio, porém sua consciência o incomodava fortemente contra isto; ele não podia por qualquer argumento persuadir a si mesmo que isto era o correto, mas seu desespero prevaleceu e ele procurou em um farmacêutico um meio para se auto-destruir. Um dia antes de seu exame público ele ficou sabendo de uma notícia em um jornal, o que para sua mente perturbada era como uma maligna calúnia contra si. Imediatamente ele arremessou o jornal ao chão e foi em direção aos campos, determinado a morrer em uma vala, mas o seu pensamento o golpeou fazendo crer que poderia fugir do país. Com o mesmo ímpeto ele procedeu em fazer uma rápida preparação para sua viagem; mas enquanto ele estava envolvido com este compromisso, sua mente mudou e ele tomou uma carruagem ordenando ao cocheiro que fosse para o cais da cidade, intencionando jogar-se no rio e não refletindo que seria impossível cumprir seu intento nesse local público. Ao aproximar-se da água ele se deparou com o porteiro sentado sobre alguns haveres: ele então voltou para a carruagem e foi para casa. No caminho ele tentou beber láudano (medicamento a base de ópio) mas como muitas vezes acontecia, uma convulsão o agitou de tal forma que acabou o impedindo de ingerir a droga; e portanto, lamentou a perda desta oportunidade. Ele então fechou as portas e jogou-se sobre a cama com o láudano próximo de si, tentando agredir a si próprio; mas uma voz dentro de si parecia constantemente impedir isto, e como frequentemente ele estendia sua mão ao veneno, seus dedos foram se contraindo, segurado pelos seus espasmos.
Neste instante alguém que morava próximo veio ver o que se passava, mas ele dissimulou sua agitação e como logo ele foi deixado só, uma mudança veio a ocorrer e tão detestável fez parecer aquela situação que jogou longe o láudano quebrando o vidro em pedaços. O resto do dia ele passou em pesada insensibilidade e a noite ele dormiu normalmente; mas ao acordar as três horas da madrugada, ele pegou seu canivete e jogou seu peso sobre ele, a ponta foi em direção ao seu coração. Mas ele estava quebrado e não o penetraria. Ao romper o dia ele se levantou e passando ao redor do pescoço uma corda, firmou-se sobre sua cama: pondo seu peso sobre ela, segurando-se a porta para ter mais êxito, e pendendo-se dali, permaneceu suspendo até que perdesse toda a consciência de sua existência. Depois de algum tempo, a corda rompeu-se e ele veio ao chão, assim sua vida foi salva; mas o conflito tinha sido maior do que ele pode suportar. Ele sentia por si próprio um desprezo que não podia ser expresso ou imaginado; quando foi a rua, parecia que todos o olhavam com indignação e desdém; ele sentiu que tinha ofendido a Deus tão gravemente que sua culpa poderia nunca ser perdoada e todo o seu coração estava cheio de tumultuosa aflição e desespero. A loucura não estava mais por perto, ou melhor, ela já tinha se ido.
Depois de se recuperar, Cowper veio a entender como Deus pode apagar a mancha de qualquer pecado.  


William Cowper
Nasceu em 15 de novembro de 1731 em Great Berk­hamp­stead, Hert­ford­shire, Inglaterra.
Faleceu em 25 de abril de 1800 em East Dere­ham, Nor­folk, Inglaterra.

Todo o serviço de sepultamento foi conduzido por seus amigos e também pelo escritor de hinos John Newton.
Cowper (pronuncia-se "Cooper") cujo pai foi capelão do rei George II, veio a se tornar advogado, mas nunca exerceu a profissão. Ele viveu próximo a Olney, Buck­ing­ham­shire, Inglaterra, uma cidade com o mesmo nome do Ol­ney Hymns, que ele escreveu junto com John Newton, autor do mundialmente conhecido hino Amazing Grace.  
Cowper também escreveu poesias, incluindo "O Lamento Negro", uma obra contra a escravidão e "A Tarefa" uma composição de cinco mil linhas.

ACHEI A FONTE CARMESIM
Achei a fonte carmesim
Que meu Jesus abriu.
Na cruz morrendo ali por mim,
Minha alma redimiu.

Eu creio sim, eu creio sim,
Jesus por mim morreu;
E sobre a cruz pra me salvar,
Castigo padeceu.

Na cruz meu Cristo já pagou
O mal que cometi;
E pela morte que passou
A vida eu consegui.

Assim, pois, fez-me com amor
Andar no trilho Seu;
Confio sempre com fervor
Em quem por mim morreu.

Traduzido por Edimilson de Deus Teixeira
Fonte: The Cyber Hymnal
CADA MOMENTO

Por May Mood


Enquanto eu estava à serviço da Feira Mundial em Chicago [Illinois], Henry Varley, 
um pregador leigo de Londres, disse ao Major Whittle: "Eu não gosto do hino "I 
Need Thee every Hour" [Necessitado, Cantor Cristão nº. 294], porque eu preciso 
dEle todos os momentos do dia. Logo depois Major Whittle escreveu este doce 
hino…[Ele] trouxe o hino a mim em manuscrito pouco depois, dizendo que me 
daria o direito autoral das palavras e da música se eu imprimisse para ele cento 
e cinqüenta cópias em papel de qualidade para distribuir entre os seus amigos. 
A sua filha, que mais tarde se tornou a esposa de Will R. Moody, compôs a música. 
Eu fiz como Sr. Whittle desejou; e enviei o hino para a Inglaterra onde foi registrado 
no mesmo dia que foi em Washington.
Na Inglaterra o hino tornou-se muito popular. Caindo nas mãos do famoso reverendo 
Andrew Murray, da África do Sul, então visitando Londres, ele o adotou como 
seu hino favorito. Um ano depois o Sr. Murray visitou Northfield [Massachusetts], e 
enquanto mantinha um encontro para homens na igreja ele observou, "se Sankey 
soubesse um hino que eu achei em Londres, e o cantasse, ele encontraria tudo o 
que envolve a minha crença".
Eu estava mesmo ansioso para saber que hino era, e quando ele o recitou eu disse 
a ele: "Doutor, esse hino foi escrito a quinhentas jardas de donde nós estávamos"
Durante anos Dr. Murray e a sua esposa cantaram este hino em todos seus cultos. 
Este hino tornou-se um grande favorito na África do Sul durante a guerra.

Cada Momento

Sendo remido por Cristo na cruz,
Vivo gozando no reino da luz;
Cheio da graça que vem de Jesus,
Cada momento o Senhor me conduz.



Cada momento me guia o Senhor,
Cada momento dispensa favor,
Sua presença me outorga vigor,
Cada momento sou teu, ó Senhor!



Junto com Cristo na luta moral,
O erro combato, os pecados e o mal,
Ergo bem alto a bandeira real,
Cada momento mais firme e leal.



Salvo por Cristo da vil perdição,
Posso sentir que ele dá proteção;
Nunca os contritos o buscam em vão,
Cada momento concede perdão.



Nas minhas lutas me pode amparar,
E do maligno também me livrar;
Cada momento por onde eu andar,
Cristo, meu Mestre, me pode guardar.

Traduzido por Edimilson de Deus Teixeira
Fonte: Cyber Hymnal
CRISTO VALERÁ

Letra: Ada Ha­ber­shon
Música: Robert Harkness
"E a vontade do Pai que me enviou é esta: Que nenhum de todos aqueles que me deu se perca, mas que o ressuscite no último dia"
João 6:39



"Durante uma campanha em Toronto, Canadá, um jovem recém convertido com quem eu tive a oportunidade de falar expressou o medo de que não poderia “resistir”. Um ou dois dias depois em uma carta a senhora Ada Ha­ber­shon de Londres, eu mencionei a necessidade de uma música que mostrasse a definitiva segurança da salvação na vida do crente. As semanas passaram e dois meses depois durante uma grande campanha na Filadélfia eu recebi um lote de sete novas músicas da senhora Ada Ha­ber­shon. Como o dr. Torrey pregou seu sermão numa tarde (em vez de eu o escutar!) ocupei o tempo em ajustar as sete letras para as músicas. Uma dessas era “He will hold me fast” (Cristo Valerá). Na mesma noite eu fui apresentado por Charles M. Al­ex­an­der para uma audiência de 4000 pessoas e na oportunidade fiz a primeira execução da música completa. O sucesso foi imediato e continuou sendo um dos grandes hinos favoritos do povo crente sendo traduzido para muitos idiomas".
Por Robert Harkness


Depois de comparecer a um encontro com Ru­ben Arch­er Tor­rey e Charles M. Al­ex­and­er, Hark­ness tornou-se pianista de Alexander. Ele veio a Cristo logo depois disso (“em uma bicicleta” disse ele) e fez várias viagens pelo mundo com Torrey e Alexander. Hark­ness foi especialmente bem conhecido por seu programa “A Música da Cruz” e como o autor de cursos de música por correspodência. Ele escreveu mais de 2000 hinos e canções espirituais em toda a sua vida. Nasceu em: 2 de março de 1880, Ben­di­go, Aus­trál­ia. Faleceu em: 8 de maio de1961, Lon­dres, Inglaterra.


Ada era a filha caçula do dr. Samuel Osborne Ha­ber­shon. Ela foi trazida a um lar cristão por crentes, que oravam por seus pais e toda a sua vida foi devotada ao serviço de Deus. Em 1901 ela começou a escrever poesia quando estava doente. Ela se encontrou com Dwight Moo­dy e Ira Sankey quando eles visitaram Londres em 1884 e visitou a América a convite deles para entregar leituras do Antigo Testamento que foram mais tarde publicadas. Durante o ano de 1905 na missão Torrey-Alexander, Charles Alexander pediu que escrevesse algumas músicas; no espaço de um ano ela os supriu com 200.
Nasceu em : 8 de jan­eiro de 1861, St. Mar­y­le­bone, Mid­dle­sex, Inglaterra. Faleceu em: 1 de fevereiro de 1918.

CRISTO VALERÁ
Oscilando minha fé,
Cristo valerá;
Perseguido, sem mercê,
Ele valerá.Ele valerá!

Ele valerá!
Seu amor por mim não muda,
Sim, me valerá. ( bis )

Crente inútil eu serei
Se me não valer;
Nem serviço prestarei
Sem o seu poder.

Com seu sangue me comprou,
Não me deixará;
Vida eterna me outorgou,
Sim, me valerá.


Traduzido por Edimilson de Deus Teixeira
Fonte: The Cyber Hymnal
COMUNHÃO CELESTE
Letra: Hen­ry F. Lyte, 1847
Música: Eventide, de Wil­liam H. Monk, 1861.


"E eles o constrangeram, dizendo: Fica conosco, porque já é tarde, e já declinou o dia. E entrou para ficar com eles". (Lucas 24:29)

O senhor Monk de­screveu como esse tocante hino foi composto:"Este hino foi escrito em um tempo de grande sofrimento – quando juntos observávamos, diariamente, o por do sol. Quando o último raio dourado desvaneceu, ele pegou um papel e pincelou esse hino que foi por todo o mundo".
Lyte estava inspirado quando escreveu este hino mesmo estando agonizante por causa de uma tuberculose; ele o finalizou num domingo e deu seu adeus a este mundo num sermão na igreja em que serviu por muitos anos. No dia seguinte ele deixou a Itália a fim de tratar de sua saúde. Porém, ele não chegou a fazer isso – vindo a falecer em Nice, França, três semanas depois de ter escrito este hino. Eis aqui um pequeno trecho de seu sermão de despedida:
 irmãos, eu estou entre vocês hoje, como vivo dentre os mortos, se eu posso ter esperança de impressioná-los e induzi-los a se prepararem para esta solene hora o qual deve vir para todos, é por uma oportuna familiaridade com a morte de Cristo".
Por mais de um século, os sinos da igreja de Low­er Brix­ham, De­von­shire, tocaram “Abide with Me” diariamente. O hino foi cantado no casamento do rei George VI e de sua filha, a rainha Elizabeth II.
Comunhão Celeste
Comigo assiste, ó Deus! A noite vem,
As trevas crescem, eis Senhor, convém
Que me socorra a tua proteção;
Oh! Vem fazer comigo habitação!
Depressa encontrarei o fim mortal:
Desaparece o gozo terreal;
Mudança vejo em tudo e corrupção;
Comigo faze eterna habitação!
Vem revelar-me teu querer Senhor!
Divino Mestre, Rei consolador!
Meu guia forte, Amparo em tentação!
Vem, vem fazer comigo habitação!
Presente estás nas trevas e na luz;
Não há perigo, andando com Jesus;
À morte e a tumba não aterrarão
Àquele em quem fizer habitação!
Ó morte, em Cristo gozo a redenção!
Sepulcro, o pó verá ressurreição!
No Reino além não há perturbação.
Com Deus eu herdo eterna habitação.

Traduzido por Edimilson de Deus Teixeira
Fonte: The Cyber Hymnal
FIRMEZA
de Edward Mote:
Nascido em 21 de janeiro de 1797, em Londres, Inglaterra
Falecido em 13 de novembro de 1874, em Horsham, Sussex, Inglaterra
"E desceu a chuva, e correram rios, e assopraram ventos, e combateram aquela casa, e não caiu, porque estava edificada sobre a rocha. E aquele que ouve estas minhas palavras, e não as cumpre, compará-lo-ei ao homem insensato, que edificou a sua casa sobre a areia" (Mateus 7:25-26).

Certa manhã indo ao trabalho me veio a mente escrever um hino que falasse da "graciosa experiência de um cristão". No caminho eu já tinha o refrão:
A minha fé e o meu amor
Estão firmados no Senhor,
Estão firmados no Senhor.

Naquele dia eu já tinha escrito quarto versos e os deixado praticamente prontos. No domingo seguinte eu encontrei um irmão que me disse que sua esposa estava muito doente e me pediu se eu pudesse ir vê-la. Eu estava no chá matinal e mais tarde fui visitá-la. Ele disse que era costume cantarem um hino, lerem uma porção das Escrituras e fazerem uma oração, e assim procuramos fizer.

Ele buscou seu hinário mas não o encontrou em parte alguma. Então eu disse: "eu tenho alguns versos em meu bolso; se ela gostar, poderemos cantá-los". Assim fizemos e sua esposa alegrou-se tanto que depois ele me pediu um favor, para levar uma cópia para ela. Eu fui para casa e ao pé da lareira compus os últimos versos, completando a composição para entregar a este irmão. Como esses versos foram feitos para encontrar uma senhora doente, minha atenção para eles foi mais apegada ainda, e eu já tinha conseguido mil cópias para distribuição.

Enviei uma dessas cópias para o Spiritual Magazine sem minhas iniciais, que apareceram algum tempo depois. O irmão Rees de Crow Street, trouxe uma edição de hinos (1836) e o hino estava nele.  David Denham o introduziu em 1837 com o nome de Rees e outros. Nossa inserção na autoria pode no futuro proteger-me de possíveis ônus e ser uma comprovação da veracidade de minha conexão com a Igreja de Deus.  
Edward Mote em carta para o Gos­pel Her­ald
   

FIRMEZA
Em nada ponho a minha fé,
Senão na graça de Jesus;
No sacrifício remidor,
No sangue do bom

A minha fé e o meu amor
Estão firmados no Senhor,
Estão firmados no Senhor.

Se lhe não posso a face ver,
Na Sua graça vou viver;
Em cada transe, sem falhar,
Sempre hei de nEle confiar.

Seu juramento é mui leal,
Abriga-me do temporal;
Ao vir cercar-me a tentação
É Cristo a minha salvação.

Assim que o Seu clarim soar,
Irei com Ele me encontrar,
E gozarei da redenção
Com todos que no céu estão.


Mote iniciou sua carreira como marceneiro. Uma forte influência em sua vida foi John Hyatt que pregava em Tottenham Court Road Chapel. Mote posteriormente tornou-se um pastor batista e serviu por 26 anos em Horsham, Essex. Ele foi tão amado pela sua congregação que lhe ofereceram a posse do prédio da igreja, mas ele disse:
"Eu não desejo o prédio, eu somente desejo o púlpito; e quando eu cessar de pregar sobre Cristo, então podem me tirar daqui".

Traduzido por Edimilson de Deus Teixeira
Fonte: The Cyber Hymnal
BENDITA HORA DE ORAÇÃO
"Orai sem cessar" (I Tessalonicenses 5:17)

Escrito por: Will­iam Wal­ford, (1845)
Música: Will­iam B. Brad­bu­ry, (1861)  

Por Thom­as Sal­mon:
Durante minha estada em Coles­hill, War­wick­shire, Inglaterra, conheci W. W. Wal­ford, o pregador cego, um homem de origem obscura e de pouca instrução, mas de personalidade forte e uma extraordinária capacidade de memória. No púlpito ele nunca falhava em selecionar uma lição bem adaptada ao seu assunto, dando capítulos e versículos com precisão infalível e incomum, raramente perdendo uma palavra de sua repetição dos Salmos, de todas as partes do Novo Testamento, as profecias e alguns dos trechos históricos, assim ele tinha uma reputação de "conhecer toda a Bíblia de cor". Na verdade ele tinha o hábito de sentar no canto de uma chaminé, empregando a sua mente em compor um ou dois sermões para serem entregues no dia do Senhor e também suas mãos cortavam, amoldavam e poliam ossos para calçadeiras e outros pequenos utensílios. Nos intervalos ele se aventurava a fazer poesias. Em uma ocasião ao visitá-lo, ele recitou duas ou três estrofes o qual tinha composto e não tendo nenhum amigo em casa para passar o escrito para o papel, ele os tinha rabiscado em um papel de mercado. "Como fazer isto?" ele perguntou, e como ele repetiu as linhas seguintes, com um pequeno sorriso de satisfação e ao mesmo tempo tocado por um certo receio de se expor a si próprio ao criticismo, eu rapidamente copiei as linhas com minha caneta, como ele proferiu e as enviei para minha coluna no jornal Observer, se você pensar nele como merecedor dessa preservação.
William W. Walford (1772-1850)
Nascido em: 1772, Bath, Som­er­set­shire, Inglaterra.
Faleceu em: 22 de Junho de 1850, em Ux­bridge, Mid­dle­sex, Inglaterra.
Walford frequentou a Ho­mer­ton Acad­e­my, onde foi ordenado ministro congregacional. Ele pas­toreou em Stow­mar­ket, Suf­folk (1798-1800); Great Yar­mouth, Nor­folk (1800-1813); Ux­bridge, Mid­dle­sex (1824-1831 e 1833-1848); e foi professor na Ho­mer­ton Acad­e­my (1841-1831).


HORA BENDITA
Bendita a hora de oração,
Pois traz-nos paz ao coração,
E sobrepuja toda a dor,
Trazando auxílio do Senhor.
Em tempos de perturbação,
Na dor maior, na tentação,
Procurarei com mais fervor
A comunhão com o Senhor. (bis)

Bendita a hora de oração,
Produto só da devoção,
Que eleva ao céu o seu odor
Em doce cheiro ao meu Senhor.
E, finda a hora da aflição,
Os dias maus, a tentação,
Então darei melhor louvor
A meu Jesus, a meu Senhor. (bis)

Bendita a hora de oração,
Pois liga-nos em comunhão,
E traz-nos fé e mais amor,
Enchendo o mundo de dulçor.
Desejo a vida aqui findar
Com fé, amor, constante orar;
Depois da morte, do pavor,
Então será, sim, só louvor. (bis)

Traduzido por Edimilson de Deus Teixeira

Fonte: The Cyber Hymnal
JESUS COMO GUIA


Seu autor, Joseph Gilmore nasceu em 29 de abril de 1834 em Boston, Mass­a­chu­setts e faleceu em 23 de julho de 1918 em Rochester, Nova York.
Joseph era filho do governador de New Hampshire, Joseph A. Gilmore. Graduou-se em artes pela Universidade Brow e em teologia pelo Instituto Teológico Newton. De 1863-1864 ele foi assistente de seu pai enquanto este era governador. Durante este período, ele também foi editor do "Concord New Hampshire", no jornal "Daily Monitor".
Em 1865, Gilmore tornou-se pastor na segunda Igreja Batista em Rochester, Nova Iorque. Mais tarde ele também foi pastor em Fish­er­ville, em New Hamp­shire. Ainda dirigiu o departamento de inglês da Universidade de Rochester, Nova Iorque (1868-1908).
Escreveu seis livros, incluindo:
A Arte da Expressão, 1876
Conversa familiar em livro e leitura
Esboço de literatura inglesa e americana, 1905


Acompanhe o testemunho do autor sobre esse belo hino:
"Como um jovem recentemente graduado pela universidade Brow e pelo Instituto Teológico Newton, eu fui servir por dois domingos no púlpito da primeira Igreja Batista na Filadélfia (Pensilvânia). No culto de meio de semana, em 26 de março de 1862, eu preparei para a congregação uma exposição do salmo 23, o qual eu tinha dado antes em três ou quatro ocasiões, mas dessa vez eu não consegui ir além das palavras "Ele me guia" (na versão King James). Essas palavras tomaram-me como nunca antes, e eu vi nelas um significado e uma surpreendente beleza com as quais eu nunca tinha antes vislumbrado.
Estávamos nos dias mais negros da Guerra Civil. Sem referir-me ao fato, isto é, eu não pensei que fiz, mas pude perceber subconscientemente que a liderança de Deus é um fato inconteste na vida humana, que não faz diferença como somos guiados, ou para onde somos guiados, mas tão somente que estamos seguros que Deus está nos conduzindo.
Ao fim da reunião alguns de nós estavam na sala de estar de meu anfitrião, o bom diácono Wattson, continuando a falar sobre o pensamento que eu tinha enfatizado, e ali mesmo, em uma página em branco do sumário do qual eu tinha pretendido falar, eu pincelei o hino, falando e escrevendo ao mesmo tempo, então passei a minha esposa e não tive mais nenhum pensamento sobre isto. Ela o enviou ao "The Watch­man and Re­flect­or", uma publicação que era impressa primeiramente em Boston. Eu não soube que até 1865 ao meu hino tinha sido adicionado uma música por William B. Bradbury. Eu fui para Rochester [Nova York] pregar como um candidato a pastor perante a Segunda Igreja Batista. Entrando na igreja na chegada a cidade, eu peguei um hinário para ver o que eles estavam cantando, e abri no meu próprio hino, "Ele me Guia"."


JESUS COMO GUIA
Jesus me guia, que prazer!
Palavra de consolação!
Em todo transe em que estiver,
Me guia sempre a sua mão.

Jesus me guia, que prazer!
É sua mão que me conduz.
Em cada passo me é mister
Que me dirija meu Jesus.

Às vezes, quando em aflições,
No meio de perigo e dor,
Por água mansa ou bravo mar,
Me guia a mão do meu Senhor.
Ajuda-me a não murmurar,
Qualquer que for a condição;
Contente vou, pois guiarás
Por tua mui bondosa mão.
E quando a morte a mim vier
E a minha vida aqui ceifar,
Por Ti guardado, meu Senhor,
Contigo espero então morar.

Traduzido por Edimilson de Deus Teixeira
Fonte: Cyber Hymnal
MANSO E SUAVE 


"... ele te chama" (Marcos 10:49)



Letra e música: Will L. Thomp­son (1880)

Quando o renomado pregador Dwight L. Moody estava moribundo em seu leito, 
na sua casa em North­field, Mass­a­chu­setts, Will L. Thomp­son fez uma visita a 
fim de saber de seu estado de saúde. O médico de Moody, presente naquela 
hora não permitiu que Thompson entrasse no quarto de Moody, este porém, 
ouviu a voz de Thompson do lado de fora. Reconhecendo a sua voz, 
ele o chamou para entrar. Tomando-o pela mão, o agonizante evangelista 
lhe disse: "Will, eu preferia ter escrito o seu hino 'Manso e Suave', mais do 
que qualquer outra coisa que tenha feito em toda a minha vida".

Will Lamartine Thompson
Nascido em : 7 de novembro de 1847, East Li­ver­pool, Ohio.
Faleceu em: 20 de setembro de 1909, Nova York.

Recusando no princípio vender suas músicas para uma publicadora, Thompson 
iniciou sua própria companhia de publicações. Ele mais tarde a expandiu, 
abrindo uma loja de pianos, órgãos e hinários. Tanto como compositor 
uanto como músico, ele sempre se lembrava de palavras ou melodias que 
vinham a ele em situações singulares:
"Não importa onde eu esteja, em uma casa ou hotel, nos negócios ou viajando, 
se uma ideia ou tema vem a mim eu julgo valioso e anoto isso em verso. Desta 
maneira eu nunca o perco".
Thompson foi levado doente para uma excursão a Europa e sua família procurou 
encurtar sua viajem para retornarem para casa, porém, ele morreu algumas semanas 
depois. 

MANSO E SUAVE

Manso e suave Jesus, convidando,
Chama por ti e por mim.
Eis que Ele à porta te espera, velando:
Vela por ti e por mim.



"Vem já, vem já! Alma cansada, vem já!"
Manso e suave Jesus, convidando,
Chama: Ó pecador, vem!



Pois que esperamos? Jesus convidando,
Convida a ti, sim, e a mim.
Oh! Não desprezes mercê que está dando,
Sim, dando a ti, dando a mim. 



Correm os dias, as horas se passam,
Passam por ti e por mim;
Transes de morte por fim nos esperam,
Vêm tanto a ti quanto a mim.



Oh! Grande amor que Jesus nos tem dado,
Tem dado a ti, dado a mim!
Veio salvar-nos do tão vil pecado,
Veio por ti e por mim.

Traduzido por Edimilson de Deus Teixeira
Fonte: The Cyber Hymnal

A VISÃO DE EZEQUIEL DA GLÓRIA DE DEUS E OS QUERUBINS

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