domingo, 29 de setembro de 2019

OS PAIS DA IGREJA: UMA PORTA PARA ROMA

Por David Cloud
 
Muitas pessoas têm entrado na Igreja Católica Romana através da larga porta 
dos "pais da Igreja", e este artigo é uma sonora advertência para os dias de hoje, 
quando há uma difundida atração para os "pais da Igreja" dentro do evangelicalismo.

Os ministros apologéticos católicos usam os "pais da Igreja" para provar que as 
doutrinas de Roma remontam aos primeiros séculos. No livro Born Fundamentalist, 
Born Again Catholic (Nascido Fundamentalista, Nascido Novamente Católico), David 
Currie continuamente usa os pais da Igreja para apoiar a sua posição. Ele diz, "O 
outro grupo de autores a quem os evangélicos deveriam ler... são os primeiros pais 
da Igreja" (pág. 4).

O "movimento de oração contemplativa" é construído sobre esta mesma fundação 
fraca. 
O falecido Robert Webber, professor do Wheaton College, era um dos principais 
patrocinadores deste movimento de volta para os "pais da Igreja", e ele disse:

"Os primeiros pais podem nos levar de volta ao que é comum e nos ajudar a nos 
alinharmos [todos] atrás das várias tradições que foram deixadas para trás... Aqui 
é onde está nossa unidade. ... evangélicos precisam ir além de [meramente] falar 
sobre a unidade da igreja, e experimentar isto através de uma atitude de aceitação 
da igreja como um todo e uma entrada em diálogo com o [católico grego] 
ortodoxo, com o católico [romano], e com outros corpos protestantes" 
(Ancient-Future Faith, 1999, p. 89).

O fato é que a maioria dos "primeiros pais" foi herética!

Esta expressão [“pais da Igreja”] se refere a vários líderes de igrejas dos primeiros 
séculos depois dos apóstolos, [líderes] que tiveram seus escritos preservados.

Os únicos "pais da Igreja" genuínos são os apóstolos e profetas, aqueles cujos 
escritos foram dados por divina inspiração e registrados na Santa Escritura. Eles 
nos deram a "...fé que uma vez foi dada aos santos" (Jd 1:3). A fé [todo o corpo 
de doutrinas]  que eles entregaram pode nos fazer "... perfeito, e perfeitamente 
instruído para toda a boa obra" (2Tm 3:16-17)Nós não precisamos de nada 
além da Bíblia. O ensino dos "pais de igreja" não contém um jota ou til de revelação 
divina.

O termo "pais da Igreja" é uma designação incorreta que foi derivada da falsa 
doutrina (da Igreja Católica Romana) de sistema hierárquico de igreja. Aqueles 
homens não foram os "pais" da Igreja em nenhum sentido bíblico, e não tiveram 
nenhuma autoridade divina. Eles somente eram os líderes de igrejas de vários 
lugares que deixaram um registro de sua fé [fé, tanto no sentido de total confiar 
pessoal, como no sentido de corpo de doutrinas crida e pregada e praticada]. 
Mas a Igreja Católica Romana os exaltou a um nível de autoridade além dos 
limites designados pela Bíblia, transformando-os em "pais" sobre as igrejas 
localizadas dentro de regiões inteiras e sobre as igrejas do mundo inteiro.

Os "pais da Igreja" estão agrupados em quatro divisões:
- pais apostólicos (segundo século),
- pais ante-nicenos (segundo e terceiro séculos),
- pais nicenos (quarto século) e
- pais pós-nicenos (quinto século).

Nicenos refere-se ao Concílio de Nicéia em 325, o qual debateu a questão do 
arianismo e afirmou a doutrina da deidade de Cristo. Portanto, os pais ante-nicenos 
são assim chamados porque viveram no século anterior a este concílio, e os pais 
pós-nicenos são assim chamados porque viveram no século seguinte a tal concílio.

Todos os "pais de igreja" foram infetados com alguma falsa doutrina, e a maioria 
deles foi seriamente infectada. Até mesmo os denominados pais apostólicos do 
segundo século estavam ensinando o falso evangelho que o batismo, o 
celibato, e o martírio proveriam perdão de pecados (Howard Vos, Exploring Church 
History, pág. 12). E, a respeito dos "pais" posteriores, -- Clemente, Orígenes, 
Cirilo, Jerônimo, Ambrósio, Agostinho, Teodoro, e João Crisóstomo -- o mesmo 
historiador admite: "Nas suas vidas e ensinos, achamos a semente de 
quase tudo aquilo que surgiu depois. Em forma de semente aparecem os 
dogmas do purgatório, transubstanciação, mediação sacerdotal, regeneração 
batismal, e o inteiro sistema sacramental" (Vos, pág. 25).

De fato, um dos pais pós-nicenos é Leão, o Grande, o primeiro papa católico romano!

Portanto, os "pais de igreja" são de fato os pais da Igreja Católica Romana. Eles são 
os homens que puseram o fundamento da apostasia que produziu o Romanismo e a 
Ortodoxia grega.

Os escritos do Novo Testamento freqüentemente advertem que haveria uma apostasia, 
um abandono da fé [todo o corpo de doutrinas]  entre os cristãos professos. Os 
apóstolos e profetas disseram que esta apostasia já tinha começado nos seus dias 
e tinham advertido que elas [a apostasia e o abandono da fé [todo o corpo de 
doutrinas] ] aumentariam à medida que o tempo do retorno de Cristo ficasse 
mais próximo.

Paulo testemunhou disto em muitos lugares, dando um vislumbre da investida 
maligna que já estava infestando a obra de Deus. Considere a última mensagem 
dele aos pastores em Éfeso (Atos 20:29-30). Paulo os advertiu que aqueles falsos 
mestres viriam de fora e também surgiriam de dentro de seus próprios grupos. 
Considere a segunda epístola dele para Corinto (2 Cor. 11:1-4, 12-15). Os falsos 
mestres eram ativos em Corinto e estavam corrompendo três das doutrinas 
cardeais da fé [todo o corpo de doutrinas] NeoTestamentária: a doutrina a respeito 
de Cristo, a doutrina a respeito da salvação, e a doutrina a respeito do Espírito Santo; 
e as igrejas estavam em perigo de ser subvertidas por estes erros. Considere as 
advertências de Paulo a Timóteo em 1 Tm 4:1-6 e 2 Tm 3:1-13 e 4:3-4.
"Porque eu sei isto que, depois da minha partida, entrarão no meio de vós 
lobos cruéis, que não pouparão ao rebanho; E que de entre vós mesmos se 
levantarão homens que falarão coisas perversas, para atraírem os discípulos 
após si" (At 20:29-30).

"QUISERA eu me suportásseis um pouco na minha loucura! Suportai-me, 
porém, ainda. Porque estou zeloso de vós com zelo de Deus; porque vos tenho 
preparado para vos apresentar como uma virgem pura a um marido, a saber, 
a Cristo. Mas temo que, assim como a serpente enganou Eva com a sua 
astúcia, assim também sejam de alguma sorte corrompidos os vossos 
sentidos, e se apartem da simplicidade que há em Cristo. Porque, se alguém 
for pregar-vos outro Jesus que nós não temos pregado, ou se recebeis outro 
espírito que não recebestes, ou outro evangelho que não abraçastes, com razão 
o sofrereis" (2Co 11:1-4).

"Mas o que eu faço o farei, para cortar ocasião aos que buscam ocasião, a fim 
de que, naquilo em que se gloriam, sejam achados assim como nós. 13 Porque 
tais falsos apóstolos são obreiros fraudulentos, transfigurando-se em apóstolos 
de Cristo. E não é maravilha, porque o próprio Satanás se transfigura em anjo 
de luz. Não é muito, pois, que os seus ministros se transfigurem em ministros
da justiça; o fim dos quais será conforme as suas obras" (2Co 11:12-15).

"MAS o Espírito expressamente diz que nos últimos tempos apostatarão alguns 
da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios; Pela 
hipocrisia de homens que falam mentiras, tendo cauterizada a sua própria 
consciência; Proibindo o casamento, e ordenando a abstinência dos 
alimentos que Deus criou para os fiéis, e para os que conhecem a verdade, 
a fim de usarem deles com ações de graças; Porque toda a criatura de Deus 
é boa, e não há nada que rejeitar, sendo recebido com ações de graças. 
Porque pela palavra de Deus e pela oração é santificada. Propondo estas 
coisas aos irmãos, serás bom ministro de Jesus Cristo, criado com as 
palavras da fé e da boa doutrina que tens seguido" (1Tm 4:1-6).

"SABE, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos. 
Porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, 
soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos, 
Sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, 
sem amor para com os bons, Traidores, obstinados, orgulhosos, mais 
amigos dos deleites do que amigos de Deus, Tendo aparência de piedade,
 mas negando a eficácia dela. Destes afasta-te. Porque deste número 
são os que se introduzem pelas casas, e levam cativas mulheres 
néscias carregadas de pecados, levadas de várias concupiscências; 
Que aprendem sempre, e nunca podem chegar ao conhecimento da verdade. 
E, como Janes e Jambres resistiram a Moisés, assim também estes resistem 
à verdade, sendo homens corruptos de entendimento e réprobos quanto 
à fé. Não irão, porém, avante; porque a todos será manifesto o seu desvario, 
como também o foi o daqueles. Tu, porém, tens seguido a minha doutrina, 
modo de viver, intenção, fé, longanimidade, amor, paciência, Perseguições e 
aflições tais quais me aconteceram em Antioquia, em Icônio, e em Listra; 
quantas perseguições sofri, e o SENHOR de todas me livrou; E também 
todos os que piamente querem viver em Cristo Jesus padecerão perseguições.
 Mas os homens maus e enganadores irão de mal para pior, enganando e sendo 
enganados" (2Tm 3:1-13 ACF)

"Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo 
comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme as suas 
próprias concupiscências; E desviarão os ouvidos da verdade, voltando 
às fábulas" (2Tm 4:3-4 ACF)

Pedro dedicou o inteiro segundo capítulo da sua segunda epístola a este tema. Ele 
advertiu no verso um que haveria falsos mestres que introduziriam "heresias de 
perdição", referindo-se a heresias que negam a condenação da alma ao inferno 
eterno. Por exemplo, se alguém nega o nascimento virginal, a deidade, a [perfeita] 
humanidade, a impecabilidade, a eternidade, a expiação, ou a ressurreição de Jesus 
Cristo, não pode ser salvo. Heresias relativas a esses assuntos são heresias que 
condenam [ao inferno]. A corrupção da "doutrina a respeito de [e dada por] Cristo" 
resulta em um "falso Cristo."

João fornece alerta semelhante em suas epístolas (1João 2:18, 19, 22; 4:1-3; 2João 7-11).
"Filhinhos, é já a última hora; e, como ouvistes que vem o anticristo, também 
agora muitos se têm feito anticristos, por onde conhecemos que é já a última hora. 
Saíram de nós, mas não eram de nós; porque, se fossem de nós, ficariam conosco; 
mas isto é para que se manifestasse que não são todos de nós" (1Jo 2:18-19).

"Quem é o mentiroso, senão aquele que nega que Jesus é o Cristo? É o 
anticristo esse mesmo que nega o Pai e o Filho" (1Jo 2:22).

"AMADOS, não creiais a todo o espírito, mas provai se os espíritos são de Deus, 
porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo. Nisto conhecereis 
o Espírito de Deus: Todo o espírito que confessa que Jesus Cristo veio em 
carne é de Deus; E todo o espírito que não confessa que Jesus Cristo veio 
em carne não é de Deus; mas este é o espírito do anticristo, do qual já ouvistes 
que há de vir, e eis que já está no mundo" (1Jo 4:1-3).

"Porque já muitos enganadores entraram no mundo, os quais não confessam 
que Jesus Cristo veio em carne. Este tal é o enganador e o anticristo. Olhai por 
vós mesmos, para que não percamos o que temos ganho, antes recebamos o 
inteiro galardão. 9 Todo aquele que prevarica, e não persevera na doutrina de 
Cristo, não tem a Deus. Quem persevera na doutrina de Cristo, esse tem tanto 
ao Pai como ao Filho. Se alguém vem ter convosco, e não traz esta doutrina, 
não o recebais em casa, nem tampouco o saudeis. Porque quem o saúda tem 
parte nas suas más obras" (2Jo 1:7-11).

Dirigindo-se às sete igrejas em Apocalipse 2-3, o Senhor Jesus Cristo advertiu que 
muitas das igrejas apostólicas já eram fracas e estavam sob severa pressão por 
ataques heréticos (Ap. 2:6, 14-15, 20-24; 3:2, 15-17).
"Tens, porém, isto: que odeias as obras dos nicolaítas, as quais eu também 
odeio" (Ap 2:6).

"Mas algumas poucas coisas tenho contra ti, porque tens lá os que seguem a 
doutrina de Balaão, o qual ensinava Balaque a lançar tropeços diante dos 
filhos de Israel, para que comessem dos sacrifícios da idolatria, e se prostituíssem. 
Assim tens também os que seguem a doutrina dos nicolaítas, o que eu odeio" 
Ap 2:14-15).

"Mas tenho contra ti que toleras Jezabel, mulher que se diz profetisa, ensinar e 
enganar os meus servos, para que se prostituam e comam dos sacrifícios da 
idolatria. E dei-lhe tempo para que se arrependesse da sua prostituição; e não se 
arrependeu. Eis que a porei numa cama, e sobre os que adulteram com ela virá 
grande tribulação, se não se arrependerem das suas obras. E ferirei de morte a 
seus filhos, e todas as igrejas saberão que eu sou aquele que sonda os rins e 
os corações. E darei a cada um de vós segundo as vossas obras. Mas eu vos 
digo a vós, e aos restantes que estão em Tiatira, a todos quantos não têm 
esta doutrina, e não conheceram, como dizem, as profundezas de Satanás, que 
outra carga vos não porei" (Ap 2:20-24).

"Sê vigilante, e confirma os restantes, que estavam para morrer; porque não 
achei as tuas obras perfeitas diante de Deus" (Ap 3:2).

"Conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente; quem dera foras frio ou 
quente! Assim, porque és morno, e não és frio nem quente, vomitar-te-ei 
da minha boca. Como dizes: Rico sou, e estou enriquecido, e de nada tenho 
falta; e não sabes que és um desgraçado, e miserável, e pobre, e cego, e nu" 
(Ap 3:15-17).
Assim, nos dias dos apóstolos, a fé [todo o corpo de doutrinas] do Novo 
Testamento estava sendo atacada por todos os lados pelo gnosticismo, judaísmo, 
nicolaitismo, e outras heresias.

E os apóstolos e profetas alertaram que essa apostasia deveria aumentar.

Paulo disse, "Mas os homens maus e enganadores irão de mal para pior, 
enganando e sendo enganados" (2Tm 3:13). Isto descreve o curso da era da Igreja 
em termos da expansão da heresia!

Então, não é surpreendente achar erros doutrinários prevalecendo entre as igrejas dos 
primeiros séculos.

Ademais, temos somente um registro muito parcial dos primeiros séculos, e os 
escritos sobreviventes foram severamente filtrados por Roma. A Igreja Católica 
Romana esteve no poder por um milênio inteiro, e sua Inquisição alcançou os cantos 
mais distantes de Europa e além. Roma fez tudo em seu poder para destruir os 
escritos daqueles que divergiam dela. Considere os valdenses. Estes cristãos (que 
viveram no norte da Itália e no sul da França e em outros lugares, durante a Idade 
Média) foram cruelmente perseguidos por Roma durante séculos. Embora saibamos 
que os valdenses têm uma história que começa no 11º século senão antes 
dele, o registro histórico deles quase foi destruído completamente por Roma. Só um 
punhado de todos os escritos valdenses foi preservado, sobreviveu durante todos 
esses séculos.

Então, não é surpreendente que os escritos dos primeiros séculos que sobreviveram 
às perseguições e chegaram às nossas mãos no presente tempo sejam, na sua grande 
maioria, simpáticos às doutrinas de Roma. Isto não prova que a maioria das igrejas 
teve então a doutrina católica romana. Somente prova que esses escritos simpatizantes 
para com Roma foram permitidos sobreviver. Nós sabemos que muitas igrejas que 
existiram nesses primeiros séculos não concordaram com a doutrina romana, 
porque eles foram perseguidos pelos romanistas e são mencionados nos escritos 
dos "pais de igreja."

UM OLHAR EM ALGUNS DOS PAIS DA IGREJA

Inácio (cerca do ano 50 – 110 d.C)
Inácio foi o bispo de Antioquia no começo do segundo século. Ele foi preso 
aproximadamente no ano 110 e foi enviado para Roma para ser julgado e martirizado.
1. Ele ensinou que [um conjunto de] igrejas [em uma região geográfica] deveria 
ter [vários] anciãos e um [só] bispo governante [sobre todos]; em outras palavras, 
ele estava exaltando um bispo acima de outro, enquanto que, na Escritura, os termos 
"bispo" e "ancião" referem-se à mesma condição e ao mesmo humilde ofício dentro 
da assembléia (Tito 1:5-7).
2. Ele ensinava que todas as igrejas são parte de uma igreja universal.
3. Ele afirmou que uma igreja não tem autoridade para batizar ou conduzir a ceia 
do Senhor a menos que tenha um bispo.

Estes relativamente inocentes erros ajudaram a preparar o caminho para mais erros 
no século seguinte.

Justino, o Mártir (cerca do ano 100 – cerca do ano 165 d.C)
Quando Justino abraçou o cristianismo, ele manteve algumas das filosofias pagãs 
em que ele já cria.
1. Ele interpretou as Escrituras alegoricamente e misticamente.
2. Ele ajudou a desenvolver a idéia de um "estado intermediário" após a morte, 
o qual não seria céu nem inferno. Posteriormente, essa doutrina tornou-se naquela 
do purgatório, [da Igreja Católica] Romana.

Irineu (125-202 d.C)
Irineu foi pastor em Lion, França, e deixou um polêmico escrito intitulado Contra as 
Heresias, por volta do ano 185.
1. Ele apoiou a autoridade dos bispos, [cada um] como dominador sobre [várias] igrejas.
2. Ele defendeu a tradição da igreja acima das Escrituras. Por essa razão ele 
é declarado pela Igreja Católica como um dos que a ela pertencem.
3. Ele ensinou a heresia católica da “presença viva” dizendo: "A Eucaristia torna-se 
o corpo de Cristo".

Clemente de Alexandria (150-230 d.C)
1. Clemente liderou a alegorizante escola de Alexandria, desde 190 a 202. Esta escola 
foi fundada por Pantaenus.
2. Clemente misturou intimamente a filosofia de Platão com o cristianismo.
3. Ele ajudou a desenvolver a doutrina do purgatório, e acreditava que [praticamente] 
todo homem eventualmente seria salvo.

Tertuliano (155 – 255 d.C)
Tertuliano viveu em Cartago, no norte da África (localizada na costa do Mar 
Mediterrâneo na moderna Tunísia, entre a Líbia e a Argélia).
1. Embora lutasse contra o gnosticismo, ele também exaltou a autoridade da igreja 
acima daquilo que é reconhecido na Bíblia. Ele ensinou que a autoridade da igreja 
vem através de sucessão apostólica
2. Ele acreditava que o pão da ceia do Senhor era Cristo [física, corporal, literalmente], 
e preocupa-se sobremodo acerca das migalhas que caíam ao chão.
3. Ele adotou o montanismo, crendo que Montano proclamava profecias por inspiração 
de Deus.
4. Ele ensinou que viúvas que recasassem cometeriam fornicação.
5. Ele ensinou que o batismo é [essencial] para o perdão de pecados.
6. Ele classificou os pecados em três categorias, e creu na confissão de pecados 
aos clérigos.
7. Ele disse que a alma humana foi vista, em uma visão, como sendo "suave, 
luminosa e da cor do ar". Ele afirmou que todas as almas humanas estavam em 
Adão [já formadas, diferenciadas] e foram transmitidas para nós com a mancha do 
pecado original que estava sobre ele.
8. Ele ensinou que houve um tempo em que o Filho de Deus não existiu e, neste 
tempo, Deus não era um Pai.
9. Ele ensinou que Maria foi a segunda Eva e que, por sua obediência, redimiu a 
desobediência da primeira Eva.

Cipriano (? – 258 d.C)
Cipriano foi bispo de Cartago na África.
1. Ele era tirânico e abastado, e escreveu contra as igrejas novacianas por causa 
dos esforços delas para manterem a membresia da igreja pura.
2. Cipriano defendeu a doutrina antibíblica que certos [pastores, a saber, os] 
bispos, teriam autoridade sobre outras igrejas, e que todos os pastores [dessas 
igrejas inferiores] deveriam se submeter a ele.
3. Ele apoiou a heresia do batismo infantil.
Não é de se admirar que a Igreja Católica o fez um dos seus "santos".

Orígenes (185-254)
Embora sofresse perseguição e tortura pela causa de Cristo, sob o imperador Décio, 
no ano de 250, Orígenes era cheio de falsos ensinos. O caráter de Orígenes é 
descrito pelo historiador luterano Mosheim como "uma combinação de contrários: 
sábio e imprudente; perspicaz e estúpido; criterioso e precipitado; inimigo da 
superstição, e seu protetor; defensor vigoroso do cristianismo, e seu corruptor; 
enérgico e irresoluto; a quem a Bíblia deve muito, e de quem sofreu muito". Não 
concordamos que a Bíblia deve alguma coisa a  Orígenes, mas não há nenhuma 
dúvida que sofreu muito em suas mãos. Seguem algumas estranhas doutrinas de 
Orígenes:
1. Ele negou a infalível inspiração das Escrituras.
2. Ele rejeitou a historicidade literal dos primeiros capítulos de Gênesis, e do diabo 
levando Jesus para uma alta montanha e lhe oferecendo os reinos do mundo 
(Will Durant, The Story of Civilization, Vol. III, p. 614). Durant cita Orígenes: "Quem é 
tão tolo para acreditar que Deus, como um agricultor, plantou um jardim no Éden, 
e colocou nele uma árvore de vida... de forma que alguém que provou da fruta 
obteve conhecimento do bem e do mal? "
3. Ele aceitou o batismo infantil.
4. Ele ensinou a regeneração batismal e a salvação pelas obras. "Após estes 
pontos, é ensinado também que a alma, tendo substância e vida própria em 
si mesma, deve, após sua partida deste mundo, ser recompensada de acordo com 
seus méritos. É destinada para ou obter uma herança de vida eterna e 
bem-aventurança, se suas ações tiverem almejado isto, ou ser entregue ao 
castigo e fogo eterno, se a culpa de seus crimes a tiver trazido a isto" 
(Orígenes, citado por W.A. Jurgens, The Faith of the Early Fathers).
5. Ele acreditava que o Espírito Santo era possivelmente algum tipo de 
ser criado. "No caso dEle [do Espírito Santo], não podemos distinguir claramente 
se Ele [o Espírito Santo] nasceu ou não, ou mesmo se Ele deve ou não deve ser 
considerado como um Filho de Deus" (Orígenes, citado por W.A. Jurgens, The 
Faith of the Early Fathers).
6. Ele acreditou em uma forma de purgatório e em universalismo, negando o fogo 
literal do inferno e crendo que o diabo da mesma maneira poderia eventualmente 
ser salvo. "Agora deixe-nos ver qual é o significado da ameaça com fogo 
eterno. ... Parece estar indicado por estas palavras que todo pecador acende 
para si próprio a chama do fogo e não é lançado em fogo que foi acendido 
anteriormente por outra pessoa ou que já existiu antes dele. ... E quando 
esta dissolução e violenta separação da alma terão sido completados por 
meio da aplicação do fogo, sem nenhuma dúvida será posteriormente solidificado 
em uma estrutura mais firme e em uma restauração de si mesma" (Orígenes, citado 
por W.A. Jurgens, The Faith of the Early Fathers).
7. Ele acreditava que as almas dos homens são pré-existentes e que estrelas e 
planetas possivelmente têm almas. "Porém, com respeito ao sol, e a lua e as 
estrelas, se eles são seres vivos ou estão sem vida, não há nenhuma tradição clara" 
(Orígenes, citado por W.A. Jurgens, The Faith of the Early Fathers).
 8. Ele acreditava que Jesus foi um ser criado e não um ser eterno. "Ele teve 
uma visão aberrante a respeito da natureza de Cristo, [visão esta] que deu origem 
à posterior heresia de Ariano " (Encyclopedia of Christian Apologetics, "Origen"). 
Que Orígenes acreditou que Jesus Cristo teve uma origem é evidente nesta 
declaração: "Secundariamente, aquele Jesus Cristo, que veio, nasceu do Pai 
antes de todas as criaturas; e, depois disso, Ele serviu ao Pai na criação de todas 
as coisas -- porque, por intermédio dEle [de Cristo], todas as coisas foram feitas" 
(Orígenes, citado por W.A. Jurgens, The Faith of the Early Fathers).
9. Ele negou a ressurreição do corpo, afirmando que ele é esférico, imaterial e não 
possui os membros. “Ele negou a tangível natureza física do corpo ressurreto, 
em claro contraste com o ensino das Escrituras” (Encyclopedia of Christian Apologetics
“Origen”)”. Devido a esse ensino, ele [Orígenes] foi condenado pelo Concílio de 
Constantinopla.
10. Ele alegorizou o ensino da Bíblia dizendo: "As Escrituras têm pouca utilidade 
para esses que a conhecem literalmente". Nisto ele foi um dos pais do herético 
método amilenarista de interpretação profética, o qual foi ainda mais desenvolvido 
por Agostinho e mais tarde adotado pela Igreja Católica Romana. Isso destrói as 
doutrinas apostólicas da iminência do retorno de Cristo (Mt. 24:42, 44; 25:13; Mc. 13:33), 
e da tribulação literal, e do reino milenar. Também anulou o cumprimento literal das 
promessas de Deus para Israel, e preparou o palco para os séculos de perseguição 
aos judeus pela Igreja Católica Romana.

Eusébio de Cesarea (270-340)
1. Eusébio ajuntou uma coleção dos escritos de Orígenes e promoveu seus 
ensinos cheios de erros: "Sempre que existe prova de que Orígenes e sua 
escola deterioraram a corretude do texto [da Bíblia], na mesma extensão 
fica claro que Eusébio aceitou e perpetuou aquele malefício [à Bíblia]" 
(Discussions, de Robert Lewis Dabney, I, p. 387).
2. Constantino o Grande, que uniu igreja e estado no império romano 
(e que, portanto, lançou os fundamentos para o estabelecimento da Igreja 
Católica Romana) contratou Eusébio para produzir alguns Novos 
Testamentos em grego. Frederick Nolan e outras autoridades têm 
denunciado Eusébio por ter [propositadamente] produzido muitas adulterações 
no texto da Escritura. "Tal como é aparente que Eusébio não desejava o poder, 
do mesmo modo pode ser mostrado que ele tinha o desejo e propósito de fazer 
aquelas adulterações no texto sagrado das quais eu tenho ousado acusá-lo" 
(Nolan, Inquiry into the Integrity of the Greek Vulgate, p. 35).
3. Muitas das [mais] notadas omissões nas modernas versões [da Bíblia] podem
ser rastreadas retroativamente até este período, inclusive [as omissões de] 
Marcos 16:9-20 e João 8:1-11. Depois de intensiva investigação, Frederick 
Nolan concluiu que Eusébio [propositadamente] “suprimiu aquelas passagens 
em sua edição.” (Nolan, p. 240). De fato, muitas autoridades textuais 
têm identificado Vaticanus e Sinaiticus, os manuscritos tão reverenciados 
pelos modernos críticos textuais, como duas cópias do Novo Testamento 
em grego feito por Eusébio. Esses manuscritos [de Eusébio] também c
ontinham os espúrios escritos apócrifos "Pastor de Hermas" e "Epístola de Barnabás". 
Orígenes tinha considerado Escritura canônica estes livros não inspirados e 
fantasiosos (Goodspeed, The Formation of the New Testament, p. 103).

Jerônimo (340 – 420 d.C)
Jerônimo foi chamado por Damasus, bispo de Roma, para produzir uma Bíblia [a ser 
adotada como] padrão em latim. Ela foi completada entre os anos de 383 e 405, e 
se tornou a Bíblia adotada pela Igreja Católica. Ela é comumente chamada de 
Vulgata Latina (vulgata significando comum). O moderno crítico textual Bruce Metzger 
diz que os manuscritos gregos usados por Jerônimo "aparentemente pertenceram ao 
mesmo tipo de texto Alexandrino" (Metzger, The Text of the New Testament, p. 76). 
Isso significa que eram da mesma família a qual pertencem as versões modernas. 
Kenion e Robinson também afirmam isso (Kenyon, The Text of the Greek Bible, p. 88; 
Robinson, Ancient Versions of the English Bible, p. 113). Essas versões comumente 
removem “Deus” de I Timóteo 3:16 e contém muitas outras corrupções. Jerônimo foi 
profundamente infectado com falsos ensinos:
1. Jerônimo seguiu os falsos ensinos do ascetismo, crendo que o estado de celibato 
era espiritualmente superior ao do casamento. Ele [Jerônimo] exigia que os líderes de 
igrejas não se casassem. James Heron, autor de The Evolution of Latin Christianity 
("A Evolução do Cristianismo Latino"), observou que "nenhum indivíduo sozinho fez 
tanto [quanto Jerônimo] para fazer o monasticismo popular nos mais altos graus da 
sociedade" (Heron, 1919, p. 58).
2. Jerônimo acreditava na veneração de "relíquias sagradas" e de ossos de cristãos 
mortos (Heron, pp. 276, 77).
3. Jerônimo "desempenhou um papel de liderança e muita influência em 'abrir as 
comportas para a prece aos santos', ensinando "distinta e enfaticamente que os 
santos no céu ouvem as orações dos homens na terra, intercedem por eles, e lhes 
enviam ajuda do céu" (Heron, pp. 287, 88).
4. Jerônimo ensinou que Maria foi a contraparte de Eva, do mesmo modo que Cristo 
foi a contraparte de Adão; e que, através de sua obediência, Maria tornou-se instrumento 
de auxílio para redenção da raça humana (Heron, p. 294). Ele também ensinou que Maria 
foi perpetuamente virgem (Heron, pp. 294, 95).
5. Jerônimo acreditava na água benta (Heron, p. 306).
6. "Jerônimo justificou a morte como penalidade para 'heréticos' " (Heron, The Evolution 
of Latin Christianity, p. 323).

O espírito e caráter de Jerônimo é descrito, até mesmo por um historiador que 
teve grande respeito por ele, com estas palavras: " irritabilidade e 
amargura de temperamento, veemência de paixão descontrolada, intolerância 
e espírito perseguidor, e inconstância de conduta" (Schaff, History of the Christian 
Church, III, p. 206).

É óbvio que Jerônimo tinha absorvido muitos dos falsos ensinos e atitudes que 
eventualmente se tornaram os entrincheirados dogmas e práticas da Igreja católica 
romana.

Ambrósio (339-397)
Ambrósio foi bispo de Milão, Itália, entre 374-397. Por causa de sua grande dedicação
a muitas das primeiras heresias doutrinárias, seus escritos tiveram aceitação pelos 
papas em concílios católicos. Ambrósio teve uma forte influência sobre Agostinho. A 
Igreja Católica o fez um santo e um doutor da igreja.
1. Ambrósio usou o método alegórico-místico de interpretação da Bíblia, tendo sido 
influenciado por Orígenes e Filo.
2. Ele ensinou que os cristãos devem ser devotos de Maria, encorajou o monasticismo, 
e creu nas preces dirigidas aos santos
3. Ele acreditava que a igreja tem o poder para perdoar pecados.
4. Ele acreditava que a ceia do Senhor é um sacrificar ao Cristo.
5. Ele ensinou que a virgindade é mais santa que o casamento. E, sempre que possível, 
encorajou jovens mulheres a não casarem. Seu ensino sobre isso ajudou a pavimentar o 
caminho para o sistema monástico católico.
6. Ele ofereceu preces dirigidas aos mortos.

Agostinho (354-430)
Agostinho foi contaminado com muitas falsas doutrinas e ajudou a lançar o fundamento 
para a formação da Igreja Católica Romana. Por esta razão Roma lhe presta honraria 
como um dos "doutores da Igreja".
1. Ele foi um perseguidor e o pai da doutrina da perseguição na Igreja Católica.

O historiador Neander observou que os ensinos de Agostinho "continham a semente 
de um sistema completo de despotismo espiritual, intolerância e perseguição, chegando 
a igualar a corte da Inquisição". Agostinho instigou perseguições contra crentes 
donatistas que estavam lutando para manter as igrejas puras após a era apostólica. 
Ele interpretou Lucas 14:23 ("força-os a entrar") como significando que Cristo requeria 
que as igrejas usassem a força contra os heréticos.

2. Ele foi o pai do amilenarismo, alegorizando a profecia bíblica, e ensinando que a 
Igreja Católica é o Reino de Deus.
3. Ele ensinou que os sacramentos são um meio de salvação
4. Ele foi um dos pais do batismo infantil. O 'concílio' de Mela, na Numídia, em 
416 d.C, composto de meramente quinze pessoas e presidido pelo próprio Agostinho, 
decretou: "Igualmente, esse é o desejo- ordem bispos: que qualquer que negar que 
infantes recém nascidos de suas mães devem ser batizados, ou que disser que o 
batismo é administrado para remissão de seus próprios pecados mas não por 
causa do pecado original passado desde Adão e a ser expiado pela pia [batismal] da 
regeneração, seja MALDITO".
5. Ele ensinou que Maria nunca cometeu nenhum pecado, e promoveu sua adoração. 
Ele acreditava que Maria representava uma vital papel na salvação (Agostinho, 
Sermon 289, citado in Durant, The Story of Civilization, 1950, IV, p. 69).
6. Ele acreditava no purgatório.
7. Ele aceitou a doutrina do "celibato" para "padres", apoiando o decreto do "Papa" 
Siricius de 387, o qual ordenou que qualquer padre que casasse ou recusasse se 
separar de sua esposa deveria ser disciplinado.
8. Ele exaltou a autoridade da igreja sobre a Bíblia, declarando, "eu não creria no 
evangelho a não ser que eu fosse movido a fazer assim pela autoridade da Igreja 
Católica" (citado pelo Papa João Paulo II, Augustineum Hyponensem, Apostolic 
Letter, Aug. 28, 1986, www.cin.org/jp2.ency/augustin.html ).
9. Ele acreditava que a verdadeira interpretação das Escrituras foi derivada 
da declaração dos concílios da Igreja (Agostinho, De Vera Religione, xxiv, p. 45).
10. Ele interpretou os primeiros capítulos de Gênesis figuradamente (Dave Hunt, 
"Calvin and Augustine: Two Jonahs Who Sink the Ship" em "Debating Calvinism: 
Five Points, Two Views, por Dave Hunt e James White", 2004, p. 230).
11. Ele ensinou que Deus pré-ordenou alguns para salvação e outros para 
condenação, e que a graça de Deus é irresistível para o verdadeiro eleito. O 
próprio Calvino admitiu, no século 16, que ele derivou sua teologia TULIP de "
Soberania de Deus" de Agostinho. Ele disse: "Se eu fosse inclinado a compilar 
um volume completo de Agostinho, eu poderia facilmente mostrar a meus leitores 
que eu não necessito de nenhuma palavra [minha], mas somente das dele 
[de Agostinho]". (Calvin, Institutes of the Christian Religion, Livro III, Cap. 22).
12. Ele ensinou a heresia da sucessão apostólica desde Pedro (Hunt, ibid., p. 230).

João Crisóstomo (347-407)
Crisóstomo foi um líder em Antioquia, na parte grega que está separada da Igreja 
Católica de hoje, e ele tornou-se "patriarca" de Constantinopla no ano 398.

1. Ele acreditava na "real presença" [células de carne e olhos e hemácias e 
leucócitos e ossos etc., de Cristo] na missa; que o pão literalmente tornar-se-ia Jesus 
Cristo.
2. Ele ensinou que a tradição da igreja pode estar em mesmo nível de autoridade que 
as Escrituras.

Cirilo (376-444)
Cirilo foi o "patriarca" de Alexandria e apoiou muitos erros que levaram à formação da 
Igreja Católica.

1. Ele promoveu a veneração a Maria e a chamou de "Theotokos", isto é, aquela que deu 
à luz Deus [deu-lhe existência].
2. Em 412, Cirilo instigou a perseguição contra os cristãos donatistas.

UM ALERTA DO PODER DOS PAIS DA IGREJA EM LEVAR A ROMA
Tendo visto algumas das heresias que fermentaram os "pais da Igreja", não é 
surpreendente que um estudo não-crítico de seus escritos possa levar a 
Roma. É para lá que todos eles [os "pais da Igreja"] encaminhavam! E nós temos 
somente olhado para os mais doutrinariamente corretos dos "pais da Igreja"!
No século 19, JOHN HENRY NEWMAN (1801-1890) caminhou para a Igreja Católica 
Romana através da porta dos pais da Igreja. Newman, um sacerdote anglicano e 
um dos líderes do Movimento Oxford na Igreja da Inglaterra, é um dos mais famosos 
protestantes convertidos a Roma. Ele disse que dois dos fatores de sua conversão 
foram sua fascinação com os pais da Igreja e seu estudo da vida dos "santos ingleses", 
referindo-se aos místicos católicos tais como Joan de Norwich. Ele [Newman] se 
converteu a Roma em 1845, e foi feito cardeal pelo papa Leão XIII em 1879. Nos 
últimos dias muitos estão seguindo a conduta de Newman.

SCOTT E KIMBERLY HAHN, presbiterianos que se juntaram à Igreja Católica Romana, 
foram influenciados pelos pais da Igreja. Em sua influente autobiografia, Rome Sweet 
Rome, ("Roma, Doce Roma"), Kimberly recorda como Scott estudou os "pais da Igreja" 
quando ele ainda era um ministro presbiteriano. "Scott ganhou muita compreensão a 
respeito dos primeiros pais da Igreja, alguns dos quais ele usou em seus sermões. Isso 
foi muito inesperado para nós, porque quase nunca tínhamos lido sobre os primeiros 
pais da Igreja, quando estávamos no seminário. De fato, em nosso último ano nós 
tínhamos reclamado em alto e bom som para amigos contra uma possível infiltração 
do Romanismo, quando um curso a respeito dos primeiros pais da Igreja foi oferecido 
por um sacerdote anglicano. Porém, aqui estava Scott citando tais pais em seus 
sermões! Uma noite Scott veio de seu estudo e disse: 'Kimberly, eu tenho que 
ser honesto. Eu não sei por quanto tempo nós ainda estaremos sendo presbiterianos. 
Nós deveríamos nos tornar Episcopalianos" (Rome Sweet Rome, p. 56).

De fato, eles se tornaram católicos romanos, e a influência dos "pais da Igreja" na 
decisão deles é óbvia.

Em 1985, THOMAS HOWARD veio a se tornar outro famoso protestante que se 
converteu a Roma. Em 1984, em seu livro, Evangelical Is Not Enough, ("[Ser] 
Evangélico Não É o Bastante"), Howard conclamou os evangélicos a estudarem os 
pais da Igreja. Howard foi professor no Gordon College por quinze anos, e é de uma 
proeminente família de evangélicos. Seu pai, Philip, foi editor do Sunday School 
Times; seu irmão David Howard foi líder da World Evangelical Fellowship; e sua 
irmã Elisabeth casou-se com o famoso missionário Jim Elliot, que foi martirizado pelos 
índios Auca no Equador.

Os livros Surprised by Truth ("Surpreendido pela Verdade"), editado por Patrick Madrid, 
The Road to Rome ("A Estrada para Roma"), editado por Dwight Longenecker, e 
Journeys Home ("Jornadas [de Regresso] ao Lar"), editado por Marcus Grod, 
contêm muitos exemplos desse fenômeno. Um dos testemunhos é de SHARON 
MANN, que diz:

"Eu comecei a ler os primeiros pais da Igreja e compreendi o que qualquer um deles 
cria: eles seguramente não eram protestantes. Temas católicos apimentam as vistas 
da história da igreja. Eu não posso negar isso..." (Journeys Home, 1997, p. 88).

Isso é verdade, é claro. Temas católicos apimentam a paisagem dos "pais da Igreja". 
O que ela deveria ter entendido é que eles [os "pais"] não eram doutrinariamente 
sadios, e absolutamente não tinham [nenhuma] autoridade. Por tudo o que eles [os "pais 
da Igreja"] foram, não podem ser nossos exemplos e guias. Ela [Sharon Mann] deveria 
os ter comparado com a infalível verdade da Bíblia, e deveria os ter rejeitado como 
heréticos.

Ao invés disso, ela permitiu aos "pais da Igreja" atiçarem sua curiosidade sobre o 
Catolicismo Romano, e foi acabar em uma missa. Nesse lugar, ela teve uma poderosa 
experiência emocional quando a multidão se ajoelhou para idolatricamente "adorar" 
a sagrada hóstia em seu cortejo na "custódia". Ela começou a chorar e sua garganta 
ficou apertada. Ela disse:
"Se o Senhor estava verdadeiramente passando tão perto, então eu anelava 
adorá-lo e venerá-lo, mas se Ele não estivesse verdadeiramente passando eu 
temeria ser idólatra. Naquele fim de semana tive uma poderosa impressão sobre meu 
coração, e encontrei a mim mesma em falta de bons argumentos para permanecer 
protestante. Meu coração anelava que eu me tornasse católica e fosse restaurada 
à unidade com toda a cristandade" (Journeys Home, p. 89).

Quando ela fala à respeito do Senhor passando próximo, ela se refere à doutrina 
católica que a bolacha ou hóstia da missa torna-se o real corpo e sangue de Jesus 
quando ela é abençoada pelo padre e, depois disso, ela é adorada como o próprio 
Jesus. Seguindo-se à missa, a hóstia é colocada em uma caixa chamada tabernáculo 
e os católicos rezam a ela. A hóstia é o Jesus católico.

Roger Oakland descreve uma experiência que teve em Roma na festa de Corpus Christi 
quando o papa Bento XVI a celebrou na basílica da Catedral de Maria:

"Finalmente, depois de eu ter estado quase três horas de pé esperando, o papa e seu 
séquito chegaram. O papa estava carregando o Jesus Eucarístico na custódia. Cedo do dia, 
durante a missa na basílica de São Pedro, esse Jesus foi transportado para a basílica de 
São João, para outra cerimônia. Finalmente, para o final, o papa transportou Jesus para 
a Catedral de Maria. O papa pegou a custódia, subiu os degraus da igreja, e segurou Jesus 
bem alto, para as massas verem. Esse Jesus foi posto em um altar temporariamente 
ereto no topo dos degraus. Um cardeal então abriu a janela de vidro da custódia, removeu 
a bolacha consagrada (Jesus) e diligentemente o colocou no interior da igreja, onde pôs 
Jesus dentro de um tabernáculo. Essa experiência deu-me um soluçante lembrete de 
que isso é uma terrível apostasia" (Faith Undone, p. 126).

Madre Teresa exemplifica isso. Ela declarou claramente que seu Cristo era o biscoito 
da missa. Considere as seguintes citações de seu discurso para o Worldwide Retreat 
for Priests ("Retiro Mundial para Sacerdotes"), em outubro de 1984, na cidade do Vaticano:
"Eu me lembro de alguns anos atrás, quando o presidente do Iêmen nos solicitou o 
envio de algumas de nossas irmãs para seu país. Eu respondi que isso era difícil porque 
durante muitos anos não tivemos autorização para nenhuma capela no Iêmen realizar 
uma missa pública, e ninguém tinha autorização para atuar publicamente nesse país 
como um padre. Eu expliquei que eu queria enviar irmãs, mas o problema era que, sem 
um padre, sem Jesus indo com elas, nossas irmãs não poderiam ir a lugar algum. 
Parece que o presidente do Iêmen teve algum tipo de consulta, e a resposta que veio 
de volta para nós foi, 'sim, você pode enviar um padre com as irmãs!' Eu fiquei tão 
comovida com o pensamento que SOMENTE QUANDO O PADRE ESTÁ ALI 
NÓS PODEMOS TER NOSSO ALTAR E NOSSO TABERNÁCULO E NOSSO JESUS. 
SOMENTE O PADRE PODE PÔR JESUS ALI PARA NÓS" (Madre Teresa, citada 
em Be Holy: God's First Call to Priests Today ("Sede Santos: O Primeiro Chamado 
de Deus para os Sacerdotes de Hoje"), editado por Tom Forrest, C.Ss.R., 1987, p. 109).

"Um dia ela (uma garota trabalhando em Calcutá) veio, pôs seus braços em volta 
de mim e disse, 'eu encontrei Jesus'... 'E o que exatamente você estava fazendo quando 
o encontrou?' Eu perguntei. Ela respondeu que depois de 15 anos tinha finalmente ido à 
confissão e recebido a Santa Comunhão das mãos de um padre. Sua face estava 
mudada e ela estava sorrindo. Ela estava uma pessoa diferente porque O PADRE LHE 
TINHA DADO JESUS [a bolacha, para ela engolir]" (Madre Teresa, Be Holy: God's First 
Call to Priests Today, p. 74).

É uma grande cegueira espiritual pensar que o Senhor Jesus pode ser adorado 
legitimamente na forma de uma bolacha da farinha de trigo!

O mais recente convertido a Roma é FRANCIS BECKWITH, primeiro presidente da 
Evangelical Theological Society. Em maio de 2007 ele ofereceu sua renúncia da 
organização após converter-se a Roma. Sua jornada para Roma foi despertada pela 
leitura dos pais da Igreja. Ele disse: "Em janeiro, por sugestão de um querido amigo, 
eu comecei a ler os primeiros pais da Igreja bem como alguns dos mais sofisticados 
trabalhos em justificação de autores católicos. Eu fiquei convencido de que os 
primeiros pais da Igreja eram mais católicos do que protestantes..." ("Evangelical 
Theological Society President Converts", The Berean Call, May 7, 2007).

Novamente, ele está correto em observar que os primeiros pais da Igreja eram 
muito parecidos com os católicos, mas isso nada prova. A verdade não é encontrada 
nos pais da Igreja, mas na própria Bíblia.

Este artigo é um sonoro alerta para os que têm ouvidos para ouvir a verdade. 
Não precisamos estudar os "pais da Igreja". [Somente] precisamos ter a certeza 
de que somos nascidos de novo e que somos a habitação do Espírito Santo, nosso 
professor,
"E a unção que vós recebestes dele, fica em vós, e não tendes necessidade 
de que alguém vos ensine; mas, como a sua unção vos ensina todas as coisas, 
e é verdadeira, e não é mentira, como ela vos ensinou, assim nele permanecereis
(1Jo 2:27).
Também precisamos estudar a Bíblia diligentemente e caminhar bem junto de Cristo 
e ficar tão profundamente enraizados na verdade que não poderemos ser desviados 
pelas ciladas do diabo e por todo o vento impetuoso de erro que está assoprando em 
nossos dias.
"Para que não sejamos mais meninos inconstantes, levados em roda por todo 
o vento de doutrina, pelo engano dos homens que com astúcia enganam 
fraudulosamente" (Ef 4:14).
 
Traduzido por Edimilson de Deus Teixeira
Fonte: Way of Life

Nenhum comentário:

Postar um comentário

A VISÃO DE EZEQUIEL DA GLÓRIA DE DEUS E OS QUERUBINS

  David Cloud - Way of Life Literature Ezequiel 1 Ezequiel contemplou uma das cenas mais incríveis e maravilhosas que um homem já viu. E...