domingo, 22 de setembro de 2019

A contraditória Posição de John Piper sobre a Oração Contemplativa
Por David Cloud

O texto seguinte é de "John Piper Says No to Catholic Contemplatives but Yes to 
Protestant Contemplatives" (John Piper diz não aos contemplativos católicos mas
sim aos contemplativos Protestantes – Tradução livre) 
Lighthouse Trails, March 11, 2013, www.lighthousetrailsresearch.com/blog/

Na semana passada recebemos um e-mail de um leitor que trazia para nossa 
verificação um vídeo da internet onde mostra o popular pregador calvinista John Piper 
respondendo a pergunta: "existe algo como oração contemplativa ou meditação cristã 
na tradição Reformada e Puritana?" 
Piper no começo tentou dar uma definição de oração contemplativa:
Existe uma visão espiritual, ou o que poderíamos chamar de contemplação. 
Esta ocorre quando você lê sua Bíblia, então pausa e vê nas palavras e através
delas a realidade em que você vive e em seu coração, e você compreende a 
realidade espiritual. 
E isto dá origem a um tipo de oração que é espiritual, autêntica, pessoal, fervorosa
e forte.
No vídeo, Piper diz que tem um "tique" com as classes de seminários cristãos quando
se voltam "principalmente" para a "tradição católica mística para encontrar este tipo de 
profundidade e este tipo de conexão espiritual com o Deus vivo, que é tanto racional e 
supra-racional e muito místico nesta comunhão". Ele acrescenta: "Você não tem que 
abraçar má teologia, ou seja, a histórica má teologia católica romana a fim de 
encontrar surpreendentes representantes de quem já conhece a Deus neste nível".
A pergunta óbvia que não foi respondida neste trecho é: quem são esses 
"surpreendentes representantes" que Piper acredita que podem nos ensinar sobre
"boa" oração contemplativa?
Somos gratos ao nosso perspicaz leitor que nos enviou um link para a livraria da
igreja de Piper, onde encontramos a resposta, pelo menos em parte 
ninguém mais do que Richard Foster, cujo livro "Prayer: Finding the Heart’s True Home"
está sendo vendido no site da livraria da Igreja Batista Belém.
"Prayer: Finding the Heart’s True Home" é um dos livros fundamentais de Foster
sobre a oração contemplativa. 
Nesse livro, Foster nos diz:
"Você deve ligar a mente com um pensamento" (pg. 124). O conselho de Foster é o eco
de místicos como Anthony DeMello, como Ray Yungen aponta em "A Time of Departing"
(pg. 75). Yungen adverte que esta ligação da mente (se livrar de distrações
e pensamentos) não difere da clássica meditação hindu.
Ironicamente, enquanto John Piper rejeita os contemplativos "católicos", Foster não. Em 
"Prayer: Finding the Heart’s True Home", Foster cita e faz várias referências incluindo
Thomas Merton, Henri Nouwen, e Madame Guyon. Com isto em mente, devemos rejeitar
a noção que John Piper está adequadamente distinguindo entre má oração contemplativa
católica e boa oração contemplativa Protestante. Como sempre temos afirmado, não
existe boa oração contemplativa. E, importante notar, Thomas Merton foi uma das mais 
importantes figuras em trazer a meditação contemplativa para a vanguarda, e Richard
Foster é nada menos que um discípulo de Merton. Então, mais uma vez, temos um
 exemplo de um líder cristão se contradizendo e sem dúvida trazendo confusão aos seus
seguidores.
Quando Piper entrevistou publicamente Rick Warren em 2011, ele mostrou seu apoio a
doutrina do pastor "Impulsionado por Propósitos" quando declarou: "Em sua raiz eu acho
que ele é teológico e doutrinariamente são" (Cecil Andrews, "John Piper Invite to Rick
Warren", Take Heed Ministries, April 3, 2010). Isto causou muita consternação para aqueles
que conhecem as crenças ocultas do "pastor da América". Rick Warren é um forte defensor
e promotor de místicos contemplativos (como Henri Nouwen) e do movimento de formação
espiritual (o veículo pelo qual a contemplação está entrando nas igrejas protestantes) 
("Saddleback Is a Contemplative Church", Lighthouse Trails, Jun. 16, 2008). Assim, com
o abraço de John Piper em Warren junto com sua aparente aceitação de Richard Foster,
os alunos de Piper devem fazer algumas perguntas prudentes ao seu professor. Eles
devem também rejeitar a noção que podemos distinguir entre boa e má oração contemplativa. 
Não existe tal coisa.

Traduzido por Edimlson de Deus Teixeira
Fonte: Way of Life

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